O motorista atingido saiu do carro e foi tirar satisfações dos colegas, envolvendo-se em confrontos físicos. Quando o repórter fotográfico se aproximou para fazer o seu trabalho foi agredido com dois murros.
A organização pediu de imediato desculpas pelo sucedido, com a maioria dos taxistas a afirmar ser contra qualquer tipo de violência.
A caravana esteve perto de uma hora parada no aeroporto de Lisboa, para que os táxis que esperavam na zona das partidas e chegadas se juntassem.
João Ferreira, taxista há mais de 22 anos, disse à agência Lusa "nunca ter visto um protesto assim", mostrando-se orgulhoso na solidariedade que hoje o sector mostrou em torno de uma causa.
Apesar de participar no protesto, João Ferreira não esquece a "mossa" que o mesmo deve ter feito a quem está a trabalhar.
"Concordo que temos de demonstrar o nosso descontentamento, mas quem quer ir para o trabalho não tem culpa e está a levar com isto tudo", lamentou.
Por ano, João Ferreira gasta no táxi cerca de cinco mil euros, entre seguros e manutenções.
"Se houver algum azar, uma batida com culpa, por exemplo, lá se vai o orçamento. Por isso é que não posso fazer os preços da Uber" explicou à Lusa.
Os taxistas reclamam que a Uber "está a operar ilegalmente" e essa é uma das principais razões pela qual João Ferreira aderiu ao protesto juntamente com centenas de colegas.
"Eles (Uber) fazem concorrência desleal. Se tivermos todos as mesmas regras não há problema. Agora, nós, taxistas, temos mais obrigações que eles", frisou.
A caravana chegou a estar parada cerca de um quarto de hora na Avenida Gago Coutinho, em Lisboa, para seguir para o IMT, com a cabeça da caravana a estar no cruzamento das Estados Unidos da América e o final da coluna para lá da Rotunda do Relógio.
Alguns taxistas que não aderiram ao protesto e passaram na Gago Coutinho em direcção ao aeroporto foram insultados pelos companheiros que se encontravam parados, alguns até apanharam com ovos, ficando "marcados" como fura protestos.