Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, lembrou que a tragédia deu origem a um inquérito criminal
A ministra da Justiça disse hoje que o Ministério Público (MP) "seguramente ouvirá" quem tenha indicações de que o incêndio de Pedrógão Grande terá tido origem criminosa, porque está em curso um inquérito-crime para apurar as causas da tragédia.
Confrontada com as suspeições sobre a origem criminosa do incêndio, hoje avançadas pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Francisca Van Dunem lembrou que a tragédia deu origem a um inquérito criminal, dirigido pelo MP, para apurar as causas, "pese embora a circunstância da Polícia Judiciária ter dito no primeiro dia que entendia que a avaliação que fazia era num determinado sentido", ou seja, que tivera origem numa trovoada seca.
"Em qualquer caso, há um inquérito criminal em curso e o MP, no âmbito desse inquérito, seguramente também ouvirá as pessoas que têm indicações em sentido contrário para dar" aos investigadores.
"Elas lá dirão (...) e obviamente (o MP) fará as diligências necessárias para confirmar ou informar essa tese e apurar responsabilidades", concluiu Francisca Van Dunem.
Entretanto, a Polícia Judiciária vai chamar o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para que forneça todos os elementos de que dispõe sobre as suspeitas de origem criminosa do incêndio de Pedrógão Grande.
Fonte oficial da PJ disse à agência Lusa que Jaime Marta Soares vai ser chamado para que, "em sede própria e com a maior brevidade possível, forneça todos os elementos de que dispõe".
Contactado pela Lusa, o presidente da LBP afirmou que suspeita que o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande tenha tido "origem criminosa".
No domingo, o director nacional da PJ afirmou que o incêndio em Pedrógão Grande teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.
"Mantenho as minhas suspeições sobre as origens criminosas do incêndio", sublinhou hoje Jaime Marta Soares sem adiantar mais pormenores.
O presidente da LBP disse ainda que saúda a investigação da PJ para apuramento da origem do incêndio.
A PJ vai chamar Jaime Marta Soares na sequência das declarações que fez hoje de manhã no Fórum da Rádio TSF sobre as suas suspeitas de "mão criminosa" na origem do fogo.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e foi dado como dominado na tarde de hoje provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 30 mil hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
Ministério Público "ouvirá" pessoas que suspeitem de crime
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O Novo Banco não encherá só os bolsos da Lone Star: no mundo ligado pela finança, os ganhos vão para bombeiros em LA, polícias em Chicago, professores no Texas
Por mais grave e chocante que o caso de Bolsonaro seja, a sua sentença é um sinal de funcionamento do regime democrático brasileiro e, por isso, um sinal de esperança no futuro
Com preços inflacionados e bases de dados suspeitas, este ano já foram pagos mais de 230 milhões de euros aos médicos tarefeiros. E ainda: as fotos do Portugal antigo e o negócio dos contentores, usados na construção de casas, escritórios ou hospitais
O que os palestinianos nunca aceitaram – um estado independente e soberano ao lado de Israel – é agora reconhecido por Portugal e mais nove países europeus. Que estado é esse, ninguém sabe. Mas o Hamas sabe que, depois do massacre, veio a recompensa.