Um comunicado do Ministério da Agricultura divulgado este sábado, 30 de Abril, diz que o potencial carcinogénico do glifosato está num co-formulante
O Ministério da Agricultura esclareceu este sábado, 30 de Abril, que o potencial carcinogénico do herbicida glifosato está associado a um co-formulante (taloamina) e não ao produto, cuja utilização futura será decidida em maio.
Um trabalho da RTP, divulgado na sexta-feira, dizia que "há vários portugueses contaminados com glifosato, um herbicida que é potencialmente cancerígeno", e referia que "a sua presença foi detectada com valores elevados no norte e centro do país".
No seguimento de "dúvidas que a utilização da substância activa glifosato, como herbicida, têm suscitado na opinião pública", o Ministério da Agricultura divulgou um comunicado em que se lê que este herbicida "nunca fez parte da lista de substâncias a pesquisar, tendo sido determinada a sua introdução no Plano Nacional de Pesquisa de Resíduos (PNPR) em 2016".
A tutela refere que "foi determinada a pesquisa de glifosato em sementes de centeio".
"Na sequência das observações da Agência Internacional de Investigação para o Cancro, que apontavam para possíveis efeitos cancerígenos da substância activa, e da exaustiva reanálise dos estudos e informações disponíveis pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, foi concluído que o potencial carcinogénico identificado está associado não ao glifosato, mas sim à presença, em certos produtos fitofarmacêuticos contendo glifosato, de um co-formulante (taloamina)".
Este co-formulante "evidenciou um potencial genotóxico", prossegue o ministério.
No comunicado, indica-se que "o Comité de Peritos da União Europeia reunir-se-á a 18 de maio para analisar e decidir sobre a utilização futura do glifosato a nível europeu".
Na sexta-feira, o partido Pessoas Animais Natureza (PAN) pediu a realização de análises à água e aos alimentos para deteção da presença do herbicida glifosato.
O PAN pede explicações ao ministro da Agricultura, através da Assembleia da República, e recorda que, em junho, a Comissão Europeia vai tomar uma decisão acerca deste produto químico utilizado na produção agrícola e para erradicar ervas daninhas em jardins ou ruas das localidades, na maior parte dos concelhos portugueses.
Um comunicado da Plataforma Transgénicos Fora, divulgado na sexta-feira, insiste no alerta para este problema e salienta que "o Ministério da Agricultura tem de sair do estado de negação profunda em que se encontra e encarar finalmente o glifosato como o químico tóxico e omnipresente que de facto é".
Embora admita que "não se conhecem ao certo quais as principais vias de exposição", a plataforma, que reúne associações da agricultura e do ambiente, salienta que "a alimentação e a água são candidatos óbvios e devem começar a ser amplamente testadas e as fontes de contaminação eliminadas".
Ministério da Agricultura fez esclarecimento sobre o glifosato
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