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Metropolitano de Lisboa diz que investigação de Bruxelas visa proposta e não concurso

Lusa 05 de novembro de 2025 às 21:24
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Investigação procura determinar se fabricante estatal chinesa teve "vantagem indevida" no concurso da Linha Violeta do metro de Lisboa.

O Metropolitano de Lisboa esclareceu hoje que a investigação de Bruxelas para averiguar uma vantagem indevida no concurso da Linha Violeta diz respeito a uma proposta e não ao processo que a empresa lançou.

Bruxelas investiga possível vantagem indevida no concurso da Linha Violeta do metro de Lisboa
Bruxelas investiga possível vantagem indevida no concurso da Linha Violeta do metro de Lisboa Lusa

"A investigação diz respeito a uma das propostas apresentadas ao concurso público para a Empreitada de Conceção e Construção do Metro Ligeiro de Superfície Odivelas-Loures - Linha Violeta", precisou, em comunicado, o Metropolitano de Lisboa, esclarecendo que o concurso que lançou não é visado.

A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação aprofundada para determinar se a fabricante estatal chinesa de material circulante CRRC, integrante do consórcio da Mota-Engil, teve "uma vantagem indevida" no concurso da Linha Violeta do metro de Lisboa.

Bruxelas adiantou, em comunicado, que a investigação surge na sequência de uma notificação de um consórcio liderado pela Mota-Engil, que inclui subcontratantes como a Portugal CRRC Tangshan Rolling Stock Unipessoal, e participou num concurso do metro de Lisboa lançado em abril de 2025 para a conceção, construção e manutenção da nova Linha Violeta, que vai ligar Odivelas a Loures, no distrito de Lisboa.

De acordo com a Comissão Europeia, existem "indícios suficientes de que a Portugal CRRC Tangshan Rolling Stock Unipessoal pode ter beneficiado de subvenções estrangeiras que distorceram o mercado interno, justificando uma investigação aprofundada".

A investigação quer agora avaliar se tais subsídios conferiram à empresa uma vantagem indevida no concurso e, dependendo das conclusões, o executivo comunitário pode impor medidas corretivas, proibir a adjudicação do contrato ou emitir uma decisão de não objeção.

O Metropolitano de Lisboa assegurou "toda a cooperação à investigação", bem como ao cumprimento da regulamentação em causa, sublinhando que este determina que todas as etapas processuais da contratação pública "podem prosseguir, com exceção da adjudicação do contrato", lê-se ainda na nota da empresa.

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