O socialista recebeu esta sexta-feira em Paris o sino que simboliza o cargo. O mandato de Jeroen Dijsselbloem terminou esta sexta e Centeno será presidente do Eurogrupo durante os próximos dois anos e meio. As suas funções passarão por gerar consensos e representar o grupo dos ministros das Finanças da moeda única.
Centeno fez soar o sino com que Dijsselbloem habitualmente dava início às reuniões do Eurogrupo e o holandês disse confiar na capacidade de Centeno para continuar a reforma da união económica e monetária
"Estou muito motivado para liderar o Eurogrupo nos próximos dois anos e meio. Agradeço ao Jeroen [Dijsselbloem] pelo trabalho duro e pelos compromissos que conseguimos atingir nos últimos cinco anos. Muito foi feito. Saímos da crise, mas o trabalho ainda não acabou, certamente nunca está, temos uma janela de oportunidade única para aprofundar a união económica e monetária, tornando a nossa moeda comum mais resistente a futuras crises", notou Mário Centeno.
Mário Centeno explicou que isso concerne a união bancária, a união do mercado de capitais e a política fiscal, sublinhando ser "muito importante ir ao encontro das expetativas dos nossos cidadãos" e construir uma zona euro "mais robusta e resiliente".
"Temos de estar cientes que a preparação para o que está para vir, os desafios que temos têm de ser enfrentados já e preparar-nos para os tempos que estão para chegar na zona euro como um todo", concluiu.
Antes de Mário Centeno, Jeroen Dijsselbloem destacou, por sua vez, o "forte apoio no Eurogrupo" que o português tem e disse estar "feliz" por lhe transferir a pasta.
"Trabalhámos juntos de perto e estou mesmo contente que ele tenha um forte apoio no Eurogrupo, vai impulsionar reformas, impulsionar a modernização da zona euro ainda mais longe. É o melhor momento para assumir [o cargo], a zona euro está melhor, é uma oportunidade para levar as reformas ainda mais longe", afirmou.