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Manuel Clemente considera dos abusos sexuais o momento mais difícil do seu patriarcado

Lusa 09 de abril de 2023 às 16:09
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"Na Igreja e na sociedade portuguesa este tipo de acontecimentos tão trágicos e tão negativos é para nós uma preocupação. Mas pronto, temos que resolver a preocupação, apoiando quem sofreu e resolvendo as coisas de maneira a que não se repitam", defendeu.

O cardeal patriarca de Lisboa admitiu este domingo que a questão dos abusos sexuais em crianças na Igreja Católica Portuguesa foi o momento mais difícil do seu patriarcado, garantindo tudo estar a ser feito para que não se repitam.

Em declarações aos jornalistas, no final das celebrações pascais na Sé de Lisboa, Manuel Clemente fez um balanço dos dez anos à frente do Patriarcado de Lisboa, admitindo que a questão relativa aos abusos de crianças e jovens por padres e outros membros da Igreja Católica foi um dos momentos mais difíceis.

"Na Igreja e na sociedade portuguesa este tipo de acontecimentos tão trágicos e tão negativos é para nós uma preocupação. Mas pronto, temos que resolver a preocupação, apoiando quem sofreu e resolvendo as coisas de maneira a que não se repitam", defendeu.

Sobre a possibilidade de o Papa Francisco receber algumas das vítimas dos abusos sexuais durante a sua visita a Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer em Lisboa de 01 a 06 de agosto, o cardeal patriarca apontou que isso será uma decisão do sumo pontífice.

"Estamos muito atentos a tudo isso, dando todo o apoio possível a cada uma das 21 dioceses portuguesas e fazendo tudo quanto está na nossa mão para que as coisas não se repitam, para que quem sofreu seja apoiado e para que as condições sejam outras no tratamento das crianças e jovens", apontou.

Sobre os dez anos à frente do Patriarcado, Manuel Clemente disse que foram de "serviço, serviço e mais serviço", lidando com o dia-a-dia, mas também com algumas dinamizações como os 300 anos do Patriarcado, "que foi muito importante e envolveu milhares de pessoas".

"E agora com tudo isto que anda à volta da Jornada Mundial da Juventude, que também é uma escola de militância e de serviço para estas dezenas de milhares de jovens que estão a colaborar, não só de Portugal mas de todo o mundo", frisou.

Manuel Clemente chamou ainda a atenção para o trabalho feito por todas as instituições sociocaritativas da diocese de Lisboa, "que atravessam muitas dificuldades para responder a todas as necessidades".

SV // JH

Lusa/Fim

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