Sábado – Pense por si

Mãe que perdeu filha por negligência médica espera decisão judicial

Lucília Galha , Alexandre Azevedo 01 de maio de 2018 às 15:00

Paula Zoio, 57 anos, considera que a sua filha devia ter nascido mais cedo e de forma diferente. O parto correu mal e a menina ficou com uma paralisia cerebral. Processou o hospital, mas o julgamento demorou 14 anos a acontecer e agora já espera há cinco pela sentença.

Claro que me apercebi de que havia algo errado, correu tudo mal. Era o primeiro filho, e não sabia o que podia acontecer, mas sabia que aquilo não podia ter acontecido. A Sancha devia ter nascido antes e de maneira diferente. Estive aquele tempo todo na sala de dilatação como se estivesse à espera da hora da matança e, depois, já na sala de partos foi tudo violento. Estava a nascer um bebé, mas mais parecia um boneco de trapos. O médico que estava na urgência obstétrica do Hospital São Francisco Xavier naquela noite era inexperiente. Nos dias seguintes, veio pedir-me desculpa várias vezes. Perguntei-lhe porque não avançou para uma cesariana; respondeu-me que não tinha indicação. Ok, ele não tinha, mas o chefe de equipa devia lá ter estado desde o início.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais