Num livro, Gouveia e Melo disse que só decidiu avançar para Belém quando leu uma notícia no Expresso de que Marcelo Rebelo de Sousa pretendia travar a sua candidatura presidencial através da sua recondução como chefe da Armada. Candidato diz que é falso.
A Lusa mantém a sua notícia "Gouveia e Melo revela que foi tentativa de Marcelo para o travar que o levou a candidatar-se"
Gouveia e Melo critica tentativa de Marcelo para travar candidatura presidencialJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
A Direção de Informação da Lusa foi confrontada esta segunda-feira com uma nota à comunicação social da candidatura a Presidente de Gouveia e Melo, que rotula de falsa a notícia divulgada no passado domingo sobre o momento em que decidiu concorrer às eleições, a propósito de um livro com uma longa entrevista feita pela jornalista Valentina Marcelino.
No livro, Gouveia e Melo diz expressamente que foi um artigo publicado no Expresso, a 03 de outubro de 2024, sob o título "Almirante quer mais dois submarinos para ficar na Armada e desistir de Belém", que o levou a "definir o rumo" ou seja, a avançar com a candidatura.
"Foi esse artigo que me fez definir o rumo. Porque quando o li, fiquei mesmo danado", afirma o ex-chefe do Estado-Maior da Armada, na página 124 do livro "Gouveia e Melo - As Razões", que tem chancela da Porto Editora."
Na mesma página, transcreve, em nota de rodapé, o teor desse artigo do Expresso:
"O Presidente da República gostava de reconduzir o almirante Gouveia e Melo por mais dois anos no cargo de chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) --- para lhe travar uma candidatura presidencial ---, mas o militar, que continua a liderar as sondagens para Belém, só aceitará ficar à frente da Marinha se tiver garantias de que o Governo vai aumentar o investimento de forma significativa na força naval portuguesa, apurou o Expresso. Caso não tenha essa segurança até ao fim do mandato, que termina a 27 de dezembro, Gouveia e Melo seguirá para a vida civil e deverá ponderar se avança ou não para uma candidatura presidencial, possibilidade que tem mantido em aberto" (...)
Na sua notícia sobre a publicação do livro, baseada num extrato que lhe foi enviada pela editora, a Lusa interpretou estas informações escrevendo:
"O almirante Gouveia e Melo revela que só decidiu avançar para Belém quando leu uma notícia no Expresso de que Marcelo Rebelo de Sousa pretendia travar a sua candidatura presidencial através da sua recondução como chefe da Armada.
Cumprindo todas as regras deontológicas, a Lusa escreveu as informações contidas no próprio livro, interpretando-as com honestidade e rigor, tal como determina o Código Deontológico do Jornalista.
A Lusa rejeita e repudia, portanto, as acusações de que a notícia em causa seja falsa e, muito menos, que a agência contribua para a desinformação e tenha manipulado declarações de Henrique Gouveia e Melo, como refere a nota da candidatura.
Como bem diz na sua nota a candidatura de Gouveia e Melo, "na política não pode valer tudo".
Por uma questão de transparência, a Lusa volta, assim, a publicar a notícia em causa:
Gouveia e Melo revela que foi tentativa de Marcelo para o travar que o levou a candidatar-se"
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