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Líder sindical da PSP apanhado numa investigação da PJ

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima 18 de dezembro de 2024 às 23:00

Autos de notícia falsificados, nomes de suspeitos “enfiados” em documentos para justificar buscas e detenções. Uma investigação da PJ apanhou um dos rostos mais mediáticos da PSP: o subintendente Bruno Pereira. Tudo terminou com um arquivamento. E com um odor a guerra entre polícias.

Há muito que Ratinho, Luís Semedo, estava no radar da PSP como suspeito mas, entre os dias 29 e 30 de junho de 2016, não foi avistado a entrar na casa de “Elisabete”, sob vigilância da polícia, numa investigação sobre tráfico de droga. Ainda assim, o seu nome acabou incluído num pedido de buscas domiciliárias do Ministério Público e a um juiz de instrução, que foram autorizadas, depois de o chefe Luís Gonçalves ter enviado uma SMS a um agente: “Enfie a do ratinho tb, ele merece a nossa atenção.” Para (supostamente) fundamentar o pedido numa informação de serviço, o chefe da PSP foi trocando ideias com o comissário Bruno Pereira, atualmente presidente do Sindicato dos Oficiais da PSP. O primeiro lá foi dizendo que não existia “nada de especial” sobre o suspeito. O oficial, por sua vez, respondeu-lhe ser necessário “concretizar” e “objetivar” situações anteriores do alvo. “É capaz de colar… tem conteúdo”, concluiu.

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