O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que o partido está a ser alvo de uma campanha de ódio e difamação por ter estragado a "festa" e viabilizado uma nova solução política.
"Por isso mesmo, este ódio, estes ajustes de contas, as infâmias, a mentira, a manipulação a que o nosso partido está sujeito têm a ver com esta causa funda: estragámos-lhe a festa e comprometemos as suas ambições e os seus interesses. Pois, fazem de facto uma campanha muito forte, mas, camaradas, não nos intimidam", afirmou.
Jerónimo de Sousa falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, durante a sessão de encerramento da XI Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco.
Sem detalhar quais os casos de infâmia e mentira a que se referia, o líder comunista atribuiu responsabilidades dessa campanha aos que estão contra a decisão do PCP em apoiar a solução governativa, bem como contra as medidas implementadas ao nível dos salários e dos impostos, entre outras.
"Os centros do grande capital e seus seguidores não perdoam ao PCP. Por termos estragado a festa - eu diria o festim - com que se preparavam para acabar com o resto durante estes quatro anos que passaram", afirmou.
Lembrando a história de luta do PCP contra o fascismo, Jerónimo de Sousa também afiançou que o PCP não se intimida com estas campanhas.
Ao longo da intervenção distribuiu ainda várias críticas por PSD, CDS e PS, sublinhando os momentos e as políticas em que estes partidos "estão unidos e bem unidos", apesar das guerras "de palavras" para tentarem mostrar "inexistentes diferenças".
A meta do défice orçamental de 2018 e a estimativa que aponta que se tenha ido além do estimado também foi censurada pelo secretário-geral do PCP, para quem esta é "uma opção errada face aos muitos problemas e atrasos que o país enfrenta".
Segundo salientou, tal também está a ser usado pelos partidos de direita para manterem o discurso em defesa do aumento de impostos, dando como exemplo as recentes declarações do antigo Presidente da República Cavaco Silva.
"Percebe-se a zanga recente de Cavaco Silva quando zurziu na redução do IVA da restauração. Até pôs em contraponto com o SNS. Curiosamente, um quadro do PSD está a fazer o programa eleitoral e, curiosamente, aparece com uma proposta neste sentido: pôr a pagar o IRS quem está, neste momento, isento", disse.
A falar num concelho do interior do país, o líder comunista também não esqueceu os problemas do território, reiterou o compromisso do PCP na luta pela sua resolução e ainda questionou a falta de notícias recentes do Movimento pelo Interior.
"Onde é que anda esse Movimento pelo Interior, que fez tanto barulho, tanta coisa e que, de repente [desapareceu], com o chamado processo de descentralização de PS/PSD. Será que desapareceram por causa do frio ou por causa da posição do PS e PSD?", questionou.
Descubra as Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.