No confronto com Maria de Belém esta sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa manteve o tom agressivo que usou no dia anterior contra Sampaio da Nóvoa, numa atitude muito pouco preocupada em parecer presidencial. Acusou a adversária de ter "duas caras", e de se armar em "psicóloga", de "intrigar", de mentir "sistematicamente fingindo que não mente".  Tratou-a por "sôtora" e, da mesma maneira que no dia tratava Nóvoa por "ele", referia-se a Maria de Belém como "ela". Do outro lado, Maria de Belém tentava equilibrar a parada, mas ainda assim teve dificuldade em bater os termos depreciativos do rival. A socialista dirigia-se a ele como "candidato Marcelo Rebelo de Sousa", chamou-lhe "catavento político", "campeão da intriga" e procurou explorar as contradições e as inconsistências do social-democrata. "Faz-me lembrar o dilema de Hamlet, não é 'ser ou não ser, consigo é 'ser e não ser'".

Insultos, mentiras e erros

• +