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Inspectores da ASAE realizam greve e concentração em Lisboa

06 de outubro de 2017 às 14:37
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Além da valorização da carreira, os inspectores da ASAE exigem um regime de horário de trabalho

Os trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizam na segunda-feira uma greve pela valorização do estatuto de carreira dos inspectores, entre outras reivindicações, estando ainda prevista um concentração junto ao Ministério das Finanças.

Pedro Miguel Antunes, presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais da ASAE, disse hoje que a greve se mantém face à ausência de qualquer resposta do Ministério das Finanças às pretensões dos trabalhadores da ASAE e que, na segunda-feira haverá uma concentração (11h) diante daquele ministério.

Além da valorização da carreira, os inspectores da ASAE exigem um regime de horário de trabalho que reconheça o carácter de disponibilidade permanente e o reconhecimento e devida protecção dos riscos associados às funções.

Um procedimento justo na transição para a carreira especial de inspecção, melhores condições de aposentação e tratamento igualitário aos restantes inspectores dos órgãos de polícia criminal são outras das questões que os trabalhadores da ASAE querem ver resolvidas e que motivaram a greve.

Em comunicado, a Associação Sindical dos Funcionários da ASAE, outra das estruturas que convocou o protesto, salientou que não aceita "as regras de transição para uma carreira única que o Governo propõe, na medida em que são injustas e segregadoras, não integrando 60% do actual corpo inspectivo, ainda que lhes abrindo a porta a um futuro ingresso por concurso".

Os inspectores da ASAE dizem ainda que "rejeitam um regime de horário de trabalho pouco claro, que permitirá interpretações arbitrárias e danosas para os trabalhadores, o qual não encontra paralelo nos regimes de horário estabelecidos na Lei de Trabalho em Funções Públicas ou em regimes específicos instituídos por lei especial".

Os inspectores da ASAE não aceitam também que a tabela remuneratória apresentada pelo Governo "não possa ser negociada", pois a mesma representa "um retrocesso e encerra uma desvalorização face à tabela prevista para a actual carreira de inspecção superior da ASAE que já remonta a 2001".

Os representantes sindicais alegam que manifestaram sempre a vontade em resolver este conflito à mesa das negociações, mas que a falta de resposta do Governo não permitiu outra alternativa que não a greve.

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