A Polícia Judiciária deteve um homem de 29 anos suspeito de ter ateado dois incêndios florestais no concelho de Moimenta da Beira, distrito de Viseu.
Incêndio em Moimenta da Beira combatido por 449 bombeiros e 137 veículosPEDRO SARMENTO COSTA/LUSA
A PJ informou que o Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração da Guarda Nacional Republicana (posto de Moimenta da Beira), identificou e deteve um homem, de 29 anos, suspeito de ter ateado dois incêndios florestais, ocorridos nos dias 16 e 18.
"Os incêndios consumiram áreas de mancha florestal, constituídas, maioritariamente, por mato, castanheiros, carvalhos e macieiras, e colocaram em perigo alguns prédios urbanos, de valor consideravelmente elevado".
A PJ acrescentou que as chamas só não atingiram proporções maiores "devido à rápida deteção e subsequente intervenção dos meios de combate, nomeadamente dos populares, sapadores florestais e dos bombeiros".
O detido vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.