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Greve parcial na CP com adesão de 100% apenas com serviços mínimos

Lusa 12 de maio de 2025 às 08:20
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"A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14", adiantou o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.

A adesão à greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05:00 desta segunda-feira e que termina às 08:30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos, segundo o sindicato.

Paulo Novais/ LUSA

"A greve parcial teve início às 05:00 e termina às 08:30, mas os efeitos devem fazer-se sentir durante a manhã. A adesão à greve é de 100%, estando apenas a ser cumpridos os 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral", disse à Lusa Luís Bravo, do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.

O sindicalista disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.

"A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14", adiantou.

De acordo com Luís Bravo, a greve "mostra bem o descontentamento dos trabalhadores" em luta contra os salários baixos desde 2010.

"Em 2025, o Governo dá continuidade à sua politica de baixos salários, tendo aplicado um aumento salarial no valor de 34Euro no salário base, valor mais uma vez abaixo do aumento salarial verificado no salário mínimo, considerado muito insuficiente por parte dos trabalhadores", segundo o sindicato.

De quarta-feira e sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".

A paralisação, que começou na quarta-feira e se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais "que não repõem o poder de compra", pela "negociação coletiva de aumentos salariais dignos" e pela "implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado", disseram os sindicatos.

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