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Governo "viola princípio da igualdade" ao não pagar despesas de teletrabalho (e impor isso a privados)

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 10 de fevereiro de 2021 às 08:00

Constitucionalistas consideram que imposição do Governo a privados de cobertura de despesas de teletrabalho, sem fazer o mesmo aos funcionários públicos, viola o "princípio da igualdade e da proibição do arbítrio".

É uma situação irónica e, aos olhos de constitucionalistas, inconstitucional. O Ministério do Trabalho esclareceu que cabe aos empregadores suportarem as despesas relacionadas com a Internet e o telefone, em declarações ao Jornal de Negócios, acrescentando que não estão abrangidas despesas da água, eletricidade ou gás — contudo, o Governo não paga as despesas de teletrabalho dos seus funcionários públicos, denunciam vários sindicalistas. E segundo o constitucionalista Paulo Otero, esse facto "viola o princípio da igualdade e da proibição do arbítrio", previsto na Constituição.

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