Os suspeitos, de nacionalidades portuguesa e chinesa, com idades entre os 30 e os 60 anos, tinham como ´modus operandi´ o recurso a "correios" para o transporte do meixão, para abastecer países como a China, Vietname, Tailândia e Filipinas.
A GNR de Setúbal constituiu como arguidos cinco homens por comércio ilegal, contrabando e tráfico internacional de meixão, que tinha como destino o mercado asiático, revelou este sábado aquela força de segurança.
O Comando Territorial de Setúbal da GNR indica, em comunicado, indica que os suspeitos, de nacionalidades portuguesa e chinesa, com idades entre os 30 e os 60 anos, com "elevada organização e diversas células espalhadas pela Europa", tinham como ´modus operandi´ o recurso a "correios" para o transporte do meixão, para abastecer países como a China, Vietname, Tailândia e Filipinas.
Os cinco homens foram constituídos arguidos, na sequência da investigação do Núcleo de Investigação Criminal, do Comando Territorial de Setúbal da GNR, no âmbito da operação "Freshwater", entre os dias 06 e 11 deste mês.
Nos mercados internacionais o quilo de meixão é avaliado em cerca de 7.500 euros, e em Portugal, entre os 500 a 1.000 euros, indica a GNR.
Segundo o comunicado, no âmbito da investigação e no culminar desta operação, a GNR realizou 10 buscas, das quais, seis em residências e quatro em empresas, localizadas no distrito de Viana do Castelo.
Foram apreendidos 20 quilos de meixão, destes, três quilos de meixão vivo e 17 quilos de meixão congelado, que no mercado teriam um valor de 150 mil euros.
A GNR apreendeu ainda dois veículos equipados com tanques especiais para o transporte do "meixão" em estado vivo, dois tanques para manutenção do "meixão" em estado vivo, contendo filtros e bombas de oxigenação, diverso material para a apanha, acondicionamento e transporte do "meixão", duas garrafas de oxigénio industrial, cinco armas de fogo e munições de diversos calibres e 43 mil euros em numerário.
Os cinco suspeitos, adianta o comunicado, foram constituídos arguidos pela prática dos crimes de "dano contra a natureza, comércio ilegal, contrabando qualificado, branqueamento de capitais e associação criminosa".
No âmbito desta investigação, este ano, a GNR já constituiu 19 arguidos e apreendeu mais de 330 quilos de meixão, que ascende a um valor superior a 2,3 milhões euros.
Nas buscas estiveram ainda envolvidos militares da Unidade de Ação Fiscal e elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Durante as buscas a uma das residências, a GNR apreendeu também três mil litros de aguardente, por terem sido produzidos e armazenados em local não autorizado, tendo sido constituído arguido um homem, de 62 anos, que ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, acrescenta o comunicado.
Segundo a GNR, a enguia europeia é uma espécie animal designada por "Anguilla Anguilla", vulgarmente conhecida por meixão (enguia bebé), e está classificada como "espécie em perigo".
Em Portugal, acrescenta a Guarda Nacional Republicana, a captura desta espécie só é permitida no rio Minho, a pescadores devidamente autorizados, ocorrendo em período sazonal, sendo que a detenção e comercialização desta espécie dependem de certificado comunitário, emitido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
GNR de Setúbal constitui cinco arguidos por comércio ilegal de meixão
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