Em declarações à agênciaLusaa partir de Washington - depois de um encontro com o secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos da América, Patrick Shanahan, no Pentágono -, o ministro reiterou que tem acompanhado a situação, "de forma permanente", desde que chegou àquele país.
"Quando cheguei a Washington, ainda no aeroporto, foi quando recebi a notícia, telefonei ao general Serronha, que é o 2.º comandante da MINUSCA, a operação das Nações Unidas, e fui acompanhando a par e passo", declarou, acrescentando que "sempre que havia alguma informação nova" esta lhe era transmitida.
João Gomes Cravinho adiantou também que enviou ao militar, "através do general Serronha", votos "de coragem, de apoio, numa situação que, obviamente, é extremamente difícil do ponto de vista pessoal".
"Lamentamos profundamente que tenha ocorrido este acidente e, obviamente que daremos todo o apoio que for possível, seja do lado das Forças Armadas, do lado do Ministério da Defesa, do lado do Estado português, a este militar que sofreu o acidente em serviço", salientou.
ÀLusa, o ministro da Defesa apontou que se trata de "um contexto algo trágico para o militar" e realçou "a forma como ele foi atendido" e a rapidez com que "teve atendimento médico".
Gomes Cravinho recordou que o militar do Exército foi "transportado de imediato e teve atendimento rápido no hospital das Nações Unidas, hospital Sérvio, em Bangui", capital da RCA.
O governante elogiou também com a "Força Aérea Portuguesa, que foi imediatamente buscá-lo".
"Foi muito rápido e eficaz o atendimento e penso que isso fica bem às nossas Forças Armadas", rematou.
Um militar português ficou ferido na quinta-feira à tarde na RCA, na sequência do despiste e capotamento de uma viatura, quando as tropas nacionais realizavam um trajeto logístico junto à região de Bouar, situada a 350 quilómetros a noroeste da capital do país.
Este militar sofreu um "traumatismo craniano sem perda de conhecimento" e um "traumatismo grave dos membros inferiores" que obrigou a "amputação bilateral", revelou hoje o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
Numa atualização da situação clínica do soldado comando, o EMFGA informou que o militar foi "estabilizado no local do acidente de viação".
A operação de evacuação aeromédica de Bangui para Lisboa foi realizada hoje "aos primeiros alvores", numa aeronave Falcon da Força Aérea, com acompanhamento médico a bordo, com cerca de seis horas de duração.
Está também em curso um "processo de averiguações deste acidente em serviço, para apuramento das causas que levaram ao despiste da viatura".
No final de maio, os militares portugueses em missão da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA, na sigla em inglês) foram enviados para a região de Bocaranga, onde mais de 50 pessoas foram mortas por um grupo armado, disse fonte do EMGFA.
A projeção dos militares visa a realização de uma operação conjunta com forças de capacetes azuis do Bangladesh, dos Camarões e das Forças Armadas Centro-africanas, contando igualmente com o apoio de helicópteros do Senegal e do Paquistão, para estabilizar a paz na região de Bocaranga, situada a noroeste do país, junto à fronteira com o Chade e com os Camarões.
Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general do Exército Marco Serronha.
Portugal integra a MINUSCA, com a 5.ª Força Nacional Destacada, e lidera a Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana (EUMT-RCA), que é comandada pelo brigadeiro-general Hermínio Teodoro Maio.
Forças Armadas e Estado português vão dar "todo o apoio possível" a militar ferido
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