A consulta popular é apoiada pela maioria inquiridos, segundo o estudo do Laboratório de Psicologia do Instituto Universitário Egas Moniz. Só 13,3% opta pela votação parlamentar. O coordenador do inquérito salienta à SÁBADO as mudanças de atitudes face ao tema
Eutanásia: 63,7% dos portugueses é a favor do referendo
Referendo popular é a forma de decidir a despenalização? Sim, segundo 63,7% dos inquiridos no estudo Atitudes Face à Eutanásia na População Portuguesa, que será apresentado no próximo dia 18 (dois dias antes da matéria ser discutida em Parlamento). Esta opção de resposta, que contraria posições de alguns partidos, é ligeiramente superior nos homens (66,6%) em relação às mulheres (61,7%); ainda que um quarto da população (23%) não saiba responder e uma minoria (13,3%) escolha a votação parlamentar.
O coordenador da investigação do Laboratório de Investigação em Psicologia (LabPSI) do Instituto Universitário Egas Moniz, Jorge Cardoso diz à SÁBADO que Portugal "tem vindo sucessivamente a aumentar a taxa de aceitação da eutanásia", à semelhança de outros países europeus. A mudança pode estar associada "a uma diminuição das crenças religiosas e a uma cada vez maior valorização do direito à autodeterminação."
Assim sendo, os desfavoráveis à eutanásia têm idade avançada (acima dos 67 anos), identificam-se ou praticam determinada religião, apresentam saúde mais debilitada, menor nível de escolaridade e de informação sobre o tema, aponta o estudo. Em contraponto, os mais jovens (entre os 18 e 40 anos) sem identificação religiosa, melhor estado de saúde e informados acerca do assunto representam o grupo a favor, prossegue.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.