Sábado – Pense por si

“Eu sou amigo do dr. Ricardo Salgado, apesar de agora ele estar leproso"

António José Vilela
António José Vilela 20 de outubro de 2017 às 08:15

Henrique Granadeiro justificou que era moda ter conta e dinheiro na Suíça e disse que recebeu 20 milhões para desenvolver vacas e culturas de arroz e batatas para os Espírito Santo. Tudo sem contrato e pago muitos anos depois… quando já presidia à PT

Dia 3 de Março de 2017. Eram 16h45 quando o procurador Rosário Teixeira anunciou o que pretendia com mais aquele interrogatório da Operação Marquês que já estava a ser gravado no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa: primeiro, iria revelar os indícios de crimes e, depois, ouviria as justificações que Henrique Fusco Granadeiro julgasse dever prestar. Mais de sete meses depois, o antigo homem­-forte da Portugal Telecom (PT) nos negócios do BES e da OPA da Sonaecom entrou no extenso rol de acusados do processo: dois crimes de branqueamento de capitais e um de abuso de confiança (em co-autoria com Ricardo Salgado) e ainda um crime de corrupção passiva, um de peculato e três de fraude fiscal qualificada. Ou seja: naquele dia, no DCIAP, nada do que Granadeiro disse convenceu os investigadores da Operação Marquês.

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