José Honório, ex-presidente da Portucel, foi convidado em Abril do ano passado para Presidente da Rioforte, a holding que agrupava as empresas da área não financeira do Grupo Espírito Santo. Depois de um breve estudo da situação e de ter tido conhecimento do nível de endividamento do grupo, recusou o cargo, mas apresentou uma ideia de método para salvar o império, que passaria por uma troca de créditos com a Caixa Geral de Depósitos ou com o BCP, a 1% de juros. Seriam assim os bancos da concorrência a financiar as empresas do Grupo Espírito Santo, o que já não violava as instruções do Banco de Portugal, desde que o regulador autorizasse. Mas uma parte essencial desta ideia dependia do apoio institucional. Depois de uma conversa com Ricardo Salgado, José Honório defendeu que o ideal seria ter uma conversa com Durão Barroso, para o convencer a falar pessoalmente com Cavaco Silva, com Passos Coelho e com o Governador do Banco de Portugal. Nos sons dessa reunião agora divulgados pela SÁBADO, José Honório referiu-se mesmo a esse apoio institucional como um "canhão".

Durão Barroso era o “canhão” para os Espirito Santo

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