Num dos cartazes mostrados no protesto pedia-se o "Fim do negócio do fogo".
Duas centenas de pessoas pediram hoje em Coimbra "Respeito por Portugal", numa iniciativa pacífica de homenagem às vítimas dos incêndios florestais.
Num ambiente tranquilo, as pessoas reuniram-se na praça 8 de Maio, e, depois de cinco minutos de silêncio, uma salva de palmas e a entoação de "A Portuguesa", foram discursando livremente, com constantes apelos a uma reforma florestal efectiva, que consiga atenuar os efeitos dos incêndios.
Com flores brancas e alguns pequenos cartazes - "Fim do negócio do fogo", por exemplo -, vários dos presentes na acção simbólica assinaram também uma petição com diversas propostas, a entregar na Assembleia da República.
Maria Isabel, que viajou de Penacova, um dos municípios afectados pelos incêndios de domingo e de segunda-feira, disse estar presente na iniciativa, não tanto em protesto, mas sobretudo como homenagem àqueles que morreram, tanto agora como nos fogos de Junho, que começaram em Pedrógão Grande.
"Foi um Verão triste, com muitas vítimas. Quero homenageá-las e pedir melhorias neste sistema", explicou.
João Carvalho, de Coimbra, também quis mostrar a sua "angústia" após os incêndios deste ano, que já vitimaram mais de cem pessoas, e marcou presença na Praça 8 de Maio para uma homenagem e para deixar um alerta.
"Falam do eucalipto e dos erros. Mas, mais do que isso, o que importa é resolver a situação, com um novo ordenamento. O Interior foi completamente abandonado e isso não aconteceu ontem nem hoje. Acontece desde sempre", sintetizou.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em Junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
Duas centenas de pessoas pedem em Coimbra "Respeito por Portugal"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.