Operação da PJ teve como objetivo "desmantelar um grupo criminoso" presumivelmente dedicado à "prática reiterada de crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos". Foram detidas 13 pessoas e apreendidos bens de luxo e quantias avultadas em dinheiro.
Um cidadão estrangeiro detido, esta terça-feira, pela PJ de Coimbra, era representante fiscal em Portugal de perto de 18 mil imigrantes, apurou a SÁBADO.Fonte da Autoridade Tributária, sem se referir ao episódio em concreto, indicou que a Administração Fiscal tem dificuldade em lidar com questões desta natureza na medida em que os prevaricadores "trocam as voltas" à AT.
A Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) revelou, esta quarta-feira, ter desencadeado uma operação tendente "a desmantelar um grupo criminoso" presumivelmente dedicado à "prática reiterada de crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos".
No cumprimento de mandados de detenção, emitidos pelo DIAP Regional de Coimbra, foram capturadas 13 pessoas (sete homens e seis mulheres, portugueses e estrangeiros), entre os quais sete empresários, uma advogada lisboeta e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A funcionária consular fazia uso de selo branco para autenticação de documentos e a advogada tratava de papelada.
Mediante impulso do Ministério Público, foram efectuadas 40 buscas domiciliárias e não domiciliárias em Coimbra, Espinho, Carregal do Sal, Amadora, Odivelas, Loures e Lisboa.
Da complexa investigação em curso, iniciada em setembro de 2023, resulta, segundo a PJ, que este grupo criminoso terá vindo a dedicar-se à legalização irregular e massiva de cidadãos estrangeiros em Portugal, obtendo proventos financeiros na ordem dos milhões de euros.
Foi apreendido, em numerário, quase um €1 milhão, procedeu-se a congelamento de 35 contas bancárias e houve lugar a arresto de quatro imóveis urbanos e de dois prédios rústicos.
Também foram apreendidos 11 veículos automóveis, alguns dos quais de alta cilindrada, duas presas de elefante em marfim com cerca de 50 quilogramas, dois produtos financeiros da empresa de jogos Betano e uma conta de cripto-ativos da Binance.
Para o diretor da PJ do Centro, Avelino Lima, a operação constitui "sinal inequívoco" do empenho daquele órgão de polícia criminal no sentido de impedir que fiquem impunes vários arguidos.
Presume-se que os imigrantes, enquanto "clientes" que se mostravam disponíveis a pagar montantes elevados para conseguirem a legalização em território nacional, eram angariados pelo grupo através de complexos esquemas nos países de origem, com a promessa de fornecimento de um conjunto de serviços, tais como obtenção de contratos de trabalho, número de identificação fiscal, número de identificação da Segurança Social e número de utente do Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com Avelino Lima, muitos dos imigrantes angariados pela rede desmantelada, apesar de figurarem como estando a trabalhar e a residir em Portugal, encontram-se, de facto, noutros países europeus.
A operação, em que intervieram cerca de 200 elementos da PJ, uma magistrada do MP, dois juízes e representantes da Ordem dos Advogados, foi realizada com a colaboração operacional e técnica de outras unidades do órgão de polícia criminal.
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