Sábado – Pense por si

Dão aulas mas não são professores. Dois mil técnicos especializados pedem reconhecimento

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 14 de fevereiro de 2023 às 08:00

São contratados sucessivamente pelo Ministério da Educação para darem aulas em cursos profissionais. As disciplinas que lecionam não têm grupo de recrutamento e por isso não conseguem entrar para a carreira docente. Aproveitam contestação da classe para pedir que não fiquem esquecidos e sem carreira.

Há nos cursos profissionais das escolas públicas cerca de 2.000 técnicos especializados para a formação que dão aulas, fazem direções de turmas e até de cursos, mas não são considerados professores. Mantém vários contratos completos e sucessivos com o Ministério da Educação (ME), mas tão pouco são integrados nos quadros ou na carreira docente. Também lhes está dificultada a entrada na carreira pelas vias da profissionalização em serviço ou pela via do ensino.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.