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CTT. Sindicatos indicam adesão à greve de 70,63%

A adesão à greve dos trabalhadores do turno da noite dos CTT de Lisboa e Porto rondou os 70%. A greve de 24 horas estende-se a todo o país.

A adesão à greve dos trabalhadores dos CTT no turno da noite dos Centros de Tratamento e Transportes de Lisboa e Porto foi de 70,63%, tendo ultrapassado as expectativas, segundo os sindicatos que promoveram a paralisação.

Os trabalhadores dos CTT – Correios de Portugal iniciaram a partir da meia-noite a segunda greve geral em dois meses, após dois dias de paralisação em Dezembro, seguindo-se logo à tarde uma manifestação em Lisboa contra a falta de condições laborais.

A empresa indicou na quinta-feira, que não esperam "um grande impacto" da greve dos trabalhadores e admitem trabalhar no sábado para regularizar a distribuição, se for necessário.

As ações são organizadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.

Na origem do protesto está o Plano de Transformação Operacional dos CTT, que foi apresentado pela empresa em Dezembro e que prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações em três anos e a optimização da rede de lojas, através da conversão em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura.

Quanto às estações a encerrar, inicialmente foram apontadas 22, mas o número baixou depois para 19 com a criação de novos postos dos CTT em locais como juntas de freguesia ou estabelecimentos comerciais.

Entretanto, os sindicatos avançaram esta semana que poderão ser até 40 estações, número que a empresa veio rejeitar, esclarecendo que encerraram 16 pontos de acesso do universo de 22 anunciados e que foram abertos 10 novos postos de correio.

A greve de 24 horas estende-se a todas as estações e espaços dos CTT do país.

A partir das 14:30, uma manifestação da praça do Marquês de Pombal até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, local onde as estruturas representativas dos trabalhadores entregarão documentos a exigir a reversão da privatização da empresa.

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