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Dados do INE indicam que o novo coronavírus representa 46,5% do acréscimo de óbitos relativamente à média dos últimos cinco anos. Mas ficam por explicar as outras 600 mortes em excesso no último mês.
A covid-19 justifica menos de metade das mortes em excesso do último mês face à média dos últimos cinco anos, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua mais recente análise da mortalidade em Portugal.
Os dados preliminares revelados hoje indicam que "46,5% do acréscimo de óbitos entre 05 de outubro e 01 de novembro relativamente à média dos últimos cinco anos deveu-se a óbitos por covid-19": das 1.132 mortes acima da média que se verificaram nesse período, 526 foram atribuídas a covid-19.
A doença provocada pelo novo coronavírus provocou menos de um terço (29,3%) das 8.686 mortes a mais face à média dos últimos cinco anos registadas entre 02 de março e 01 de novembro.
Nesse período, a partir da altura em que foram diagnosticados os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus, morreram em Portugal 77.249 pessoas, refere o INE, apontando que "uma das consequências mais dramáticas dos efeitos da pandemia covid-19 diz respeito ao aumento do número total de óbitos".
No entanto, "o acréscimo da mortalidade verificado a partir de março, relativamente à média dos últimos cinco anos, é explicado apenas em parte pelos óbitos por covid-19", salienta o instituto.
Para ter uma "medida mais abrangente do impacto na mortalidade" terá que se olhar para a "diferença entre o número de óbitos por todas as causas de morte em 2020 e a média dos últimos cinco anos, não obstante outros efeitos sobre a mortalidade, como a gripe sazonal e os picos ou ondas de calor ou frio".
O INE regista que mais de 70% das pessoas (55.024) que morreram entre março e novembro tinham 75 ou mais anos, e que desses, 60% tinham 85 ou mais (32.878).
Em comparação com a média de mortes no período homólogo de 2015-2019, "morreram mais 7.449 pessoas com 75 e mais anos, das quais 5.802 com 85 e mais anos".
Das pessoas que morreram entre março e novembro, 38.262 eram homens e 38.987 eram mulheres.
Do total de mortes, 46.125 aconteceram em hospitais (mais 2.868 que a média 2015-2019) e 31.124 em casa ou outros locais (mais 5.817).
O aumento das mortes em relação à média 2015-2019 teve um pico na semana de 06 a 12 de abril, situação que se repetiu no fim de maio. A partir daí, voltou aos valores de anos anteriores mas começou a subir novamente na segunda semana de junho até novo pico na terceira semana de julho, com mais cerca de 800 mortes do que a média 2015-2019.
"Recorde-se que o mês de julho foi extremamente quente e com várias ondas de calor", aponta o INE.
Desde 28 de setembro que o número de mortes aumentou para valores acima da média dos últimos cinco anos.
Por região, foi no norte que morreram mais pessoas (3.638) do que a média 2015-2019, seguindo-se a área metropolitana de Lisboa, com mais 2.400 mortes, o Centro (mais 1.515), Alentejop (mais 771 pessoas), Algarve (mais 323), Madeira (88) e Açores (83).
Covid-19 só explica metade das mortes em excesso em outubro
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.