NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços acusa a direção do SBSI/SAMS de desrespeitar a lei ao decidir "unilateralmente" e "incompreensivelmente" encerrar o Hospital do SAMS e as suas clínicas.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços acusou hoje a direção do SBSI/SAMS de desrespeitar a lei ao decidir "unilateralmente" e "incompreensivelmente" encerrar o Hospital do SAMS e as suas clínicas, colocando em ‘lay-off’ os trabalhadores.
"O CESP e os trabalhadores não compreendem nem aceitam que o Hospital dos SAMS, o Centro Clínico de Lisboa e as clínicas em todo o país continuem encerradas há mais de um mês, por decisão unilateral e incompreensível da direção do SBSI/SAMS [Serviço de Ação Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas], que anda a gastar dezenas de milhares de euros na sua imagem, nos jornais ou televisão, para tentar explicar o inexplicável", afirma o sindicato em comunicado.
Sustentando que "os trabalhadores que prestam cuidados de saúde podem e devem estar ao serviço dos beneficiários e utentes e os restantes devem estar a trabalhar em casa, conforme previsto no decreto do estado de emergência, em vez de estarem em ‘lay-off", o CESP acusa a direção do SBSI/SAMS de estar "determinada na retirada de rendimento" destes funcionários.
"Se, de facto, e segundo as declarações do presidente do SBSI/SAMS, Rui Riso, a principal razão para o encerramento do hospital, centro clínico e clínicas SAMS foi assegurar a saúde dos trabalhadores e dos seus utentes, devido aos casos de covid, então deveria garantir o pagamento de 100% da retribuição aos seus trabalhadores", afirma o sindicato.
Segundo salienta, "foi a direção que decidiu suspender a atividade e os contratos de trabalho, porque todos os trabalhadores estão disponíveis para continuar a trabalhar", pelo que não se compreende por que é que o sindicato "decidiu recorrer a apoios do Estado" destinados a "empresas que foram obrigadas a suspender, por período temporário, a atividade no seguimento do decreto do estado de emergência".
Garantindo ter já alertado "há mais de um mês" a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e o Governo, o CESP diz que estas entidades "não fiscalizam e vão permitindo, vá-se lá saber porquê, que o SBSI tudo faça e decida desrespeitando continuamente a lei".
"A verdade nua e crua é que a direção do SBSI/SAMS continua a receber mensalmente todas as contribuições financeiras e quotizações, na ordem dos 85 milhões de euros anuais, valores com que deve fazer face a todos os custos de funcionamento, e por isso tem todas as condições para suportar integralmente os salários e não recorrer aos dinheiros da Segurança Social", argumenta.
Por outro lado, diz o sindicato do comércio e serviços, "neste período em que mais de 90% dos trabalhadores do SBSI/SAMS estão em ‘lay-off’, continuam ao serviço os trabalhadores em regime de prestação de serviços, que o CESP sempre defendeu estarem a desempenhar funções de caráter permanente e deverem ter contrato de trabalho com o SBSI e não com qualquer empresa prestadora de serviços".
"Os trabalhadores do SBSI/SAMS afetos aos cuidados de saúde, numa atitude de grande responsabilidade e coragem, continuam determinados em regressar aos seus postos de trabalho e exigem que lhes sejam disponibilizados todos os equipamentos de proteção individual", sustenta o CESP.
No comunicado hoje divulgado, o CESP refuta também as alegações da direção do SBSI/SAMS de que "as denúncias e a luta do CESP se devem ao facto de o SBSI pertencer a outa central sindical": "Nada mais falso. O CESP, sindicato de classe, norteia a sua atividade sindical tendo em conta a defesa dos interesses dos trabalhadores independentemente da sua entidade patronal", garante.
"O que não diz a direção do SBSI/SAMS é que se trata do único sindicato no país que recorreu ao regime de ‘lay-off’, prejudicando gravemente os seus rendimentos mensais dos trabalhadores, e pretende a todo o custo a caducidade das convenções coletivas de trabalho para a retirada dos seus direitos", remata.
Em 21 de março, a direção clínica dos SAMS decidiu suspender os serviços devido à infeção com o novo coronavírus de doentes e profissionais de saúde.
Nessa data, em comunicado enviado às redações, foi referido que, "mediante a confirmação de doentes e profissionais de saúde dos SAMS infetados com o novo coronavírus", foi decidido o encerramento progressivo dos serviços, "em linha com as orientações das autoridades de saúde".
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
Covid-19: Sindicato denuncia ilegalidade do lay-off em hospital e clínicas do SAMS
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.