Quase 86% das camas de enfermaria para covid-19 também estão ocupadas, mas há "margem de progressão", assinala Luís Pico, presidente da ARSLVT.
Quase 86% das camas de enfermaria para covid-19 e 76,5% das camas de cuidados intensivos na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) estão ocupadas, avançou à Lusa o presidente da ARS, assegurando que ainda há "margem de progressão".
Segundo o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Pisco, a generalidade dos hospitais da região estão no nível um do plano de contingência para a covid-19.
"Das 563 camas que temos de enfermaria para covid-19, 483 estão ocupadas, o que representa quase 86%. É um número elevado e temos de pensar com alguma brevidade em elevar para o nível 2, provavelmente, na generalidade dos hospitais", disse Luís Pisco.
Relativamente aos cuidados intensivos, os números de ocupação "estão melhores", disse. Em 102 camas, estão ocupadas 78, o que representa 76,5%.
"São números com que ninguém pode ficar, obviamente, completamente tranquilo, mas há aqui uma margem de expansão", afirmou, sublinhando que "se as coisas correrem mal" pode chegar-se às 917 camas de enfermaria para covid-19 e às 185 camas para cuidados intensivos, mas disse esperar que "não seja necessário".
Os hospitais com mais doentes internados são o Beatriz Ângelo, em Loures, o Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) e o Centro Hospitalar Lisboa Central, que engloba, entre outros, o S. José, o Curry Cabral e o Dona Estefânia.
De acordo com Luís Pisco, apenas o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, que integra os hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, é que está no nível dois do plano de contingência para a covid-19.
Sobre as medidas aprovadas hoje em Conselho de Ministros, entre as quais, a proibição de circulação entre diferentes concelhos entre 30 de outubro e 3 de novembro, Luís Pisco considerou que são "muito positivas".
"Não é por acaso que a região de Lisboa e o Norte do país são os que têm mais casos, porque são os que têm mais população que tem que se movimentar para trabalhar, para fazer a sua vida e, portanto, a probabilidade de contágio aumenta muito", referiu.
Luís Pisco observou que muitos dos contágios acontecem em festas e encontros familiares porque "as pessoas perderam um certo medo que tiveram logo no início" da pandemia.
"Todos nós compreendemos o desespero das pessoas, mas de facto é um comportamento perigoso e hoje em dia, provavelmente, o instrumento mais poderoso que temos ao nosso dispor é as pessoas compreenderem as recomendações que têm sido feitas pelas autoridades e pelo Governo", sublinhou, apontando o distanciamento social e o uso de máscara como "mecanismos muito eficazes".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.245 em Portugal.
Covid-19: Quase 76,5% de cuidados intensivos ocupadas em Lisboa e Vale do Tejo
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