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Covid-19: Madeira quer população vacinada até ao início de 2022

11 de janeiro de 2021 às 11:29
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Estão excluídos do plano, entre outros, os jovens até aos 18 anos e as grávidas.

O Governo da Madeira pretende ter a população da região vacinada contra a covid-19 até ao final do ano ou princípio de 2022, estando excluídos do plano, entre outros, os jovens até aos 18 anos e as grávidas.

O objetivo é que nesse prazo sejam administradas já as duas doses a todas as pessoas incluídas no processo, declarou o secretário da Saúde e Proteção Civil da Madeira, numa entrevista por videoconferência à agência Lusa.

Pedro Ramos salientou que a Madeira adquiriu duas arcas ultracongeladoras que permitem o armazenamento até aos 280 graus, estando capacitadas para "receber todas as doses de vacina para a população da Madeira".

Está prevista a sua administração em 206 mil habitantes (a região tem cerca de 267 mil residentes), "porque não se vacina antes dos 18 anos, nem as grávidas", já que os estudos não são suficientes para incluir estes grupos.

O responsável recordou que o plano de vacinação contra a covid-19 na Madeira foi apresentado em 22 de dezembro e que a primeira tranche (9.750 doses) chegou à região às 01:00 do dia 31 de dezembro, começando a ser administradas pelas 10:00.

"Nesta primeira fase são os profissionais de saúde e dos lares, área de urgência no sistema convencionado, proteção civil e a população com mais de 50 anos com comorbilidades", indicou o médico.

Apesar de os profissionais de saúde da "linha da frente" serem o grupo prioritário, num inquérito 'online' lançado pelo Serviço Regional de Saúde (SESARAM) "5% responderam que não querem ser vacinados", um número que o responsável espera que "vá reduzindo" com o tempo.

"Porque a vacina é segura, eficaz, mas é grátis e facultativa", sublinhou.

Pedro Ramos explicou que "a Madeira recebe as vacinas em proporção demográfica, que é cerca de 2,5% sempre que Portugal recebe tranches".

Depois desta primeira tranche, a região prevê receber em 01 de fevereiro mais tês caixas, com 14.625 doses (a somar à primeira tranche), "o que significa que da Pfizer são 25.000 doses de vacinas, o que vai permitir vacinar 12.500 pessoas, grosso modo".

O médico mencionou que Portugal também adquiriu vacinas da Moderna e da AstraZeneca, às quais comprou a maior quantidade, sete milhões de doses, de que a Madeira também vai beneficiar.

"Esperamos cumprir a primeira fase até março, abril, com as vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca", referiu.

Pedro Ramos indicou que até 08 de janeiro tinham sido vacinados 1.215 profissionais da área da saúde, num universo de 5.800, tendo nesta fase inicial sido atribuídas 2.400 doses para a saúde e o mesmo número para os lares.

O governante considerou que "em termos epidemiológicos não se justifica fechar as escolas", visto que está a decorrer "o rastreio da população vulnerável relacionada com a comunidade educativa", nomeadamente os docentes e não docentes, alguns com idades entre os 50 e 60 anos.

Os menores de 18 anos, realçou, "têm um melhor mecanismo de resposta imunológica e melhores defesas", e as escolas têm planos de contingência "bem definidos" que exigem aos alunos o cumprimentos de regras básicas, nomeadamente a utilização da mesma carteira pelo mesmo aluno, o uso de máscara, o distanciamento e o controlo de temperatura.

"A infeção não é dos alunos para os professores", mencionou, acrescentando que "houve creches onde surgiram casos porque as crianças não usam máscaras e foram infetadas pelos pais".

O governante salientou a importância da proibição das visitas nos lares, e o facto de a região ter sido a primeira a testar e a vacinar os utentes e profissionais destas instituições.

Recordando que "entre 01 de julho e 31 de dezembro de 2020 circularam na região mais de 500 mil pessoas", tendo entrado no aeroporto da Madeira 287 mil, incluindo emigrantes e estudantes na quadra festiva, o secretário regional realçou a importância das medidas adotadas pelo arquipélago para limitar a circulação, devido ao aumento de casos.

"Pretende-se com estas medidas continuar a controlar a situação e fazer com que o Serviço Regional de Saúde não sofra uma pressão adicional neste momento", vincou.

No seu entender, é necessário reforçar as campanhas de sensibilização para que a população tenha comportamentos adequados e contribua para evitar a propagação do vírus, adotando as "medidas preventivas não farmacêuticas".

A vacina "vai ajudar nesse sentido, porque quanto mais gente estiver vacinada, mais imunização vai existir na população", recordou.

Segundo os dados mais recentes, divulgados no domingo, a Madeira tem 1.201 casos ativos de covid-19, de um total acumulado de 2.678 casos positivos. A região já registou 1.459 recuperações e 18 óbitos.

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