IPO decidiu vacinar profissionais de empresas prestadoras de serviços e que acabam por ter uma maior proximidade física com doentes e profissionais. Não esclareceu, no entanto, quantos destes profissionais foram vacinados.
O IPO de Coimbra reconheceu, esta semana, que funcionários de empresas privadas, suas prestadoras de serviços de segurança e limpeza, foram vacinados contra a covid-19.
Reuters
Em resposta a um pedido de esclarecimento enviado ao Conselho de Administração (CA), o Centro Regional de Oncologia do Centro indicou àSÁBADOter considerado "colaboradores de algumas empresas prestadoras de serviços, residentes na instituição e que desenvolvem a sua atividade no contexto de elevada proximidade física com os doentes e outros profissionais".
Fontes do Instituto disseram àSÁBADOque, a par daqueles trabalhadores, foram vacinados funcionários administrativos e da informática, além de pessoal da cozinha, oficinal e do aprovisionamento.
Na primeira fase, os grupos prioritários na vacinação contra o novo coronavírus são os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, utentes e trabalhadores dos lares para idosos, pessoas com 80 anos, pelo menos, e de idade igual ou superior a 50 anos com, pelo menos, uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração, bem como militares e membros das forças de segurança.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), "em face dos múltiplos casos suspeitos" de vacinação não contemplada na lista de beneficiários prioritários, já manifestou "total disponibilidade para prestar um contributo técnico, relevante, e colaborar com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) na sua atividade inspetiva na região Centro".
A SRCOM, presidida por Carlos Cortes, tem lamentado "a subversão dos critérios, os erros e ineficiências" do plano de vacinação contra a covid-19.
A Administração do Centro Regional de Oncologia do Centro alega que "todo o processo de vacinação na instituição foi planeado e organizado para evitar o desperdício de doses, tendo decorrido de forma transparente".
Relativamente lacónico, o esclarecimento prestado pelo CA do IPO de Coimbra omite as percentagens de profissionais de saúde e de outros trabalhadores vacinados, inclusive as percentagens referentes ao pessoal da segurança e limpeza pertencente a empresas prestadoras de serviços.
Segundo a Administração do Instituto, o seu plano de vacinação "pauta-se pelo cumprimento das orientações" recebidas, em articulação com o plano de contingência institucional "e de acordo com critérios que contemplaram a imprescindibilidade da atividade assistencial, risco de contágio no decurso da prestação de cuidados e especificidade dos profissionais de saúde".
No sentido de proteger doentes e profissionais, "as medidas (…) adotadas na instituição, ao longo da pandemia, têm sido acrescidas relativamente à prática de outras instituições", alega o CA do Centro Regional de Oncologia do Centro.
"No pressuposto desta especial proteção", a resposta ao pedido de esclarecimento feito pelaSÁBADOindica que "a vacinação no contexto do IPO de Coimbra assume especificidades próprias e assenta numa estratégia de prevenção e minimização do risco de contágio e contenção de potenciais surtos".
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