Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade diz que é tempo de "criar condições e programar" o regresso a uma relativa normalidade nas visitas nos lares, acautelando as questões de proteção.
A Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu, esta sexta-feira, que é necessário começar a pensar em criar condições e estabelecer um calendário para voltar a permitir visitas aos idosos nos lares.
"É preciso começarmos a pensar em criar condições para que haja visitas aos lares, inclusive, estabelecendo uma espécie de programa, de calendário, criando condições para que de facto possam ser retomadas paulatinamente, moderadamente, e com muitos cuidados, possam ser retomadas as visitas. Não estou a dizer que já há condições. É preciso pensar nisto", disse à Lusa o presidente da CNIS, o padre Lino Maia.
Os lares de idosos estão proibidos de permitir visitas de familiares e amigos dos idosos devido à pandemia de covid-19, como medida preventiva do contágio, o que levou a um grande isolamento desta população, a qual também não está autorizada a sair à rua.
"Temos de pensar nisso, claramente, porque os nossos idosos já estão fechados desde o dia 06 de março e quando se fala de reabertura de creches e de outras atividades, é preciso que os nossos idosos sintam que também se está a pensar neles, que não estão abandonados, que não estão esquecidos", defendeu Lino Maia.
Para o presidente da CNIS é tempo de "criar condições e programar" o regresso a uma relativa normalidade nas visitas nos lares, acautelando as questões de proteção.
"Diria que realizados os testes, distribuídos os equipamentos de proteção individual, tomando as devidas providências, paulatinamente é preciso, de facto, começarmos a pensar nas visitas. É evidente que não pode ser escancarar as portas, nada disso, criar condições inclusive no próprio lar para que haja o conveniente distanciamento entre a pessoa visitada e a que visita", disse.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social revelou que mais de 17.000 testes ao novo coronavírus já foram feitos em lares de idosos em Portugal e as autoridades pretendem atingir os 70 mil em maio.
Das 820 mortes associadas à covid-19 registadas em Portugal, 327 ocorreram em lares de idosos, revelou na quinta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Segundo a diretora-geral da Saúde, a percentagem de casos de covid-19 na população mais idosa que vive em lares "é relativamente pequena", lembrando, contudo, que esses espaços têm uma grande concentração de pessoas e que é fácil a propagação da doença, mesmo tomando as devidas precauções e as medidas de saúde já anunciadas.
Graça Freitas afirmou que estar num lar "não é uma fatalidade" e sublinhou que "a grande maioria das pessoas que adoeceram nos lares estão bem e recuperadas".
Portugal contabiliza 854 mortos associados à covid-19 em 22.797 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 34 mortos (+4,1%) e mais 444 casos de infeção (+2%).
Das pessoas infetadas, 1.068 estão hospitalizadas, das quais 188 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.201 para 1.228.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou hoje a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio.
Covid-19: "É preciso começar a pensar no regresso das visitas aos lares", apela a CNIS
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