"Mesmo antes da pandemia, e já depois da inclusão do passe único, a média de lotação destes comboios já era inferior a 50%", assegurou a tutela dos transportes.
O primeiro comboio da linha daAzambujaque chegou hoje à estação do Espadanal, que serve a plataforma logística, trazia 108 pessoas a bordo, numa automotora que tem capacidade para 700 pessoas, avançou o Ministério das Infraestruturas.
Os dados de hoje indicam que o primeiro comboio a chegar à estação do Espadanal, vindo de Lisboa, registou uma lotação, em hora de ponta, de "15,4%, um valor muito inferior aos 2/3 permitidos por lei", indicou o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
"Mesmo antes da pandemia, e já depois da inclusão do passe único, a média de lotação destes comboios já era inferior a 50%", assegurou a tutela dos transportes, referindo-se à linha da Azambuja, no distrito de Lisboa.
Apesar dos dados reportados serem inferiores à lotação máxima, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação vai promover nos próximos dias uma reunião sobre as condições de transporte dos passageiros que utilizam a linha da Azambuja, nomeadamente todos aqueles que trabalham nas empresas de logística da região.
Além do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo do combate à pandemia da covid-19, Duarte Cordeiro, a reunião vai convocar as empresas CP -- Comboios de Portugal e IP -- Infraestruturas de Portugal, bem como a Câmara Municipal da Azambuja e os representantes das empresas da plataforma logística.
Antes do comunicado do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares já tinha adiantado a realização desta reunião.
Duarte Cordeiro falou aos jornalistas no final de uma reunião com a Câmara Municipal de Azambuja, no distrito de Lisboa, autoridades de saúde e representantes das empresas da plataforma logística para discutir os casos da covid-19 que surgiram na zona.
"Saímos desta reunião com a necessidade de marcar uma reunião com a CP no sentido de adotar um comportamento mais pedagógico relativamente aos trabalhadores dos transportes públicos, quanto à aglomeração que eles têm, nomeadamente à saída da estação e à verificação da utilização dos transportes públicos", apontou Duarte Cordeiro, que coordena a resposta à covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo.
A preocupação com as condições dos transportes públicos, nomeadamente dos comboios, nos quais milhares de trabalhadores se deslocam para o concelho de Azambuja, já tinha sido manifestada pelo presidente da autarquia, Luís de Sousa (PS), e foi hoje também enunciada pelas empresas presentes naquela plataforma logística.
Há uma semana, numa resposta escrita enviada à Lusa, fonte da CP ressalvou que a empresa "tem em curso, desde o mês de março, uma ampla operação de higienização e desinfeção dos comboios, que já abrangeu, no último mês, mais de 14.100 intervenções na sua frota".
Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, a solução passa agora por "monitorizar a situação nos próximos dias e atuar na respetiva proporcionalidade".
Na base destas reuniões estão os 101 casos de covid-19 que surgiram na empresa de produtos alimentares Avipronto, situada na Plataforma Logística de Azambuja, que fechou provisoriamente.
Entretanto, a empresa retomou hoje a laboração com cerca de 30 trabalhadores, divididos em dois turnos.
Portugal contabiliza 1.144 mortos associados à covid-19 em 27.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
Covid-19: Comboio na linha da Azambuja com 15,4% de lotação em hora de ponta
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“Majestade, se for possível afogar os 6 ou 7 milhões de judeus no Mar Negro não levanto qualquer objecção. Mas se isso não é possível, temos de deixá-los viver”.
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