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Costa quer transformar a riqueza do interior em “riqueza nacional”

25 de agosto de 2019 às 21:40
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O primeiro-ministro destacou a "imensa riqueza local" existente no país ao longo da Estrada Nacional 2 e que deve ser valorizada e transformada "em riqueza nacional".

É a segunda jornada de uma viagem ao longo da Estrada Nacional 2, que não tem percurso nem rota definida, mas que serve para aquecer os motores para a campanha eleitoral de setembro. António Costa voltou a falar das riquezas que há no interior e é necessário transformar em riquezas nacionais.

A "mensagem fundamental que eu quero transmitir neste meu percurso pela Nacional 2 é que, quando falamos muito de interior, temos que olhar para este interior e ver o que é que temos aqui (…) e o que podemos fazer (…) para acrescentar valor ao todo nacional" e "a cada um dos territórios e às gentes que ocupam estes territórios", afirmou Costa.

O secretário-geral do PS, que falava aos jornalistas em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo (Évora), em mais um "ponto de paragem" do seu roteiro peça EN2, frisou que o que tem visto neste percurso é que existe "imensa riqueza local" que o país pode "transformar em riqueza nacional".

"Aquilo que eu quero mostrar é que há muito aqui para valorizar" no interior "e que é possível, de facto, desde que tenhamos as políticas certas, a organização certa, os objetivos certos, levar o país para a frente e valorizar estes territórios", argumentou.

O secretário-geral do PS e também primeiro-ministro falava aos jornalistas depois de visitar o Paço dos Henriques, que foi alvo de um projeto de recuperação e requalificação, num investimento de cerca de 1,7 milhões euros, com apoios comunitários, reabrindo em 2016.

Fundado no século XIII, o paço serviu de residência real e foi palco de casamentos reais e da assinatura do Tratado de Alcáçovas em 1479, entre D. João II e os reis católicos, pondo fim à Guerra de Sucessão de Castela.

Nesta "paragem" em Alcáçovas, António Costa recusou abordar política nacional com os jornalistas. Depois de ouvir cante alentejano e de carimbar o seu passaporte da EN2, juntamente com a esposa, para "imortalizar" a passagem pelo quilómetro 551 em Alcáçovas, Costa percorreu as diversas salas do Paço dos Henriques e visitou uma exposição alusiva ao fabrico artesanal de chocalhos, cujo epicentro nacional é nesta vila alentejana.

A arte chocalheira, classificada como Património Cultural Imaterial na lista dos bens com Necessidade de Salvaguarda Urgente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi um dos exemplos apontados pelo líder socialista das riquezas existentes no interior.

"Aqui vimos a arte chocalheira" e, antes de chegar a este concelho, "tive a oportunidade de visitar as minas" em Aljustrel e "de ver um extraordinário património natural que é a estrada entre S. Brás de Alportel (Faro) e Almodôvar (Beja), que é a única estrada classificada como património neste troço", enquanto, na "semana passada, no norte, tinha visto a riqueza extraordinária que são a termas no caso de Chaves", indicou.

Por isso, "há uma enorme riqueza que o país tem e na qual" se tem "que apostar efetivamente para valorizar e transformar estas terras", insistiu o secretário-geral do PS.

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