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Como Rui Rio armadilhou Luís Montenegro

Margarida Davim
Margarida Davim 01 de julho de 2022 às 20:00

Escolheu o calendário e deixou o novo líder um mês à espera. Fez viagens, indicou pessoas e não deu sequer um gabinete na sede ao seu sucessor.

Quando Rui Rio sucedeu a Pedro Passos Coelho, teve direito a um gabinete na sede do partido, na São Caetano à Lapa, para onde se mudou aquele que viria a ser o seu secretário-geral, Feliciano Barreiras Duarte. O processo foi coordenado pelo então secretário-geral do partido, José Matos Rosa, com Passos já totalmente afastado. "Tinha um gabinete e demos-lhe um dossiê com tudo o que havia sobre o Congresso para fazerem as alterações que entendessem", conta quem estava na sede à data. Agora, tudo tem sido diferente.

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