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Colégio Militar está a ser investigado

26 de abril de 2016 às 16:59
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Ministro da Defesa anunciou que está a decorrer uma inspecção ao Colégio Militar que incluirá "um cuidado específico" sobre as questões da protecção dos alunos que sejam alvo de discriminação

O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, revelou, esta terça-feira, que está decorrer uma inspecção ao Colégio Militar que incluirá "um cuidado específico" sobre as questões da protecção dos alunos que sejam alvo de discriminação.

 

"Registo a informação que me foi transmitida pelo Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, segundo as quais vai haver, ou está a decorrer, um processo de inspecção ao Colégio Militar que incluirá justamente um cuidado específico sobre este tipo de questões", afirmou.

 

Azeredo Lopes respondia aos deputados na comissão parlamentar de Defesa Nacional, após questionado pelo deputado do BE João Vasconcelos, sobre se tem conhecimento de situações concretas de discriminação em função da orientação sexual.

 

A audição foi marcada a requerimento do BE e do PSD, na sequência da demissão do ex-CEME Carlos Jerónimo e da polémica em torno de declarações do subdirector do Colégio Militar publicadas no jornal Observador no dia 1 de Abril admitindo que os alunos homossexuais são "excluídos" entre pares.

Numa reportagem publicada pelo jornal Observador, o subdirector do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, afirmou: "Nas situações de afectos [homossexuais], obviamente não podemos fazer transferência de escola. Falamos com o encarregado de educação para que perceba que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e a partir daí vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares. Porque é o que se verifica. São excluídos".

 

Ouvido pelo DN, na sequência destas afirmações, o Ministério da Defesa fez saber que pediu explicações ao CEME e considerou "absolutamente inaceitável qualquer situação de discriminação, seja por questões de orientação sexual ou quaisquer outras, conforme determinam a Constituição e a Lei".

 

Desde então, sucederam-se posições públicas de oficiais na reserva a condenar a atitude do ministro da Defesa e a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) lamentou a demissão, considerando que a atitude do ministro foi "institucionalmente incorrecta".

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