Inês de Sousa Real e André Ventura manifestaram posições contrárias em temas como segurança, imigração ou o preço dos combustíveis.
O Chega rejeitou hoje qualquer acordo com Luís Montenegro enquanto "não houver clareza e transparência" do primeiro-ministro sobre a sua situação financeira, e o PAN acusou André Ventura de ter pedido "de joelhos" para integrar o executivo.
RTP3
"Fazer um acordo com uma pessoa que insiste em não dar explicações? Então que democracia é que temos? [...] Enquanto não houver clareza e transparência [da parte de Luís Montenegro], nunca será nunca", afirmou o líder do Chega.
Os cenários de governabilidade foram um dos temas abordados no debate entre o presidente do Chega, André Ventura, e a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, que ficou marcado pelas críticas e acusações trocadas entre os dois.
A deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza afirmou que quem andou "atrás de Luís Montenegro para fazer Governo, e quase a pedir de joelhos, foi o Chega".
Durante o debate, o presidente do Chega acusou o PAN de ser "muleta do PS e do PSD" e de ter "sustentado a corrupção de Miguel Albuquerque na Madeira".
Por seu turno, Inês de Sousa Real salientou que o PAN "tem sido uma força política que de forma construtiva tem sabido dialogar" e ver propostas aprovadas.
A porta-voz considerou que o Chega faz "política tóxica" e repudiou o comportamento dos deputados do partido, afirmando que "chamam nomes, interrompem constantemente", comentam o corpo das deputadas e até imitam "mugidos de vaca".
"Nunca ouvi uma palavra de pedido de desculpa de André Ventura", disse, classificando a conduta dos eleitos do Chega como "absolutamente intolerável".
A líder do PAN acusou também os dirigentes do Chega de serem "negacionistas das alterações climáticas" e de "mentirem ao país".
Na resposta, o presidente do Chega alegou que foi "o deputado mais ofendido na história parlamentar" e pediu a Sousa Real que parasse com "a vitimização".
"O PAN é um partido contra o progresso" além de "radical e ideologicamente vazio", criticou André Ventura, acusando também esta força política de querer contribuir, juntamente com outros partidos, para a "invasão de imigrantes e bandalheira".
Poucas foram as vezes em que os dois líderes concordaram neste frente a frente, tendo acontecido na defesa de que a violação seja considerada crime público, sem possibilidade de pena suspensa, e na crítica ao abate de animais segundo normas religiosas.
Inês de Sousa Real e André Ventura manifestaram posições contrárias em temas como segurança, imigração ou o preço dos combustíveis.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.