Sábado – Pense por si

Chega rejeita acordos sem transparência, PAN diz que Ventura implorou para integrar governo

Lusa 08 de abril de 2025 às 08:48
As mais lidas

Inês de Sousa Real e André Ventura manifestaram posições contrárias em temas como segurança, imigração ou o preço dos combustíveis.

O Chega rejeitou hoje qualquer acordo com Luís Montenegro enquanto "não houver clareza e transparência" do primeiro-ministro sobre a sua situação financeira, e o PAN acusou André Ventura de ter pedido "de joelhos" para integrar o executivo.

RTP3

"Fazer um acordo com uma pessoa que insiste em não dar explicações? Então que democracia é que temos? [...] Enquanto não houver clareza e transparência [da parte de Luís Montenegro], nunca será nunca", afirmou o líder do Chega.

Os cenários de governabilidade foram um dos temas abordados no debate entre o presidente do Chega, André Ventura, e a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, que ficou marcado pelas críticas e acusações trocadas entre os dois.

A deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza afirmou que quem andou "atrás de Luís Montenegro para fazer Governo, e quase a pedir de joelhos, foi o Chega".

Durante o debate, o presidente do Chega acusou o PAN de ser "muleta do PS e do PSD" e de ter "sustentado a corrupção de Miguel Albuquerque na Madeira".

Por seu turno, Inês de Sousa Real salientou que o PAN "tem sido uma força política que de forma construtiva tem sabido dialogar" e ver propostas aprovadas.

A porta-voz considerou que o Chega faz "política tóxica" e repudiou o comportamento dos deputados do partido, afirmando que "chamam nomes, interrompem constantemente", comentam o corpo das deputadas e até imitam "mugidos de vaca".

"Nunca ouvi uma palavra de pedido de desculpa de André Ventura", disse, classificando a conduta dos eleitos do Chega como "absolutamente intolerável".

A líder do PAN acusou também os dirigentes do Chega de serem "negacionistas das alterações climáticas" e de "mentirem ao país".

Na resposta, o presidente do Chega alegou que foi "o deputado mais ofendido na história parlamentar" e pediu a Sousa Real que parasse com "a vitimização".

"O PAN é um partido contra o progresso" além de "radical e ideologicamente vazio", criticou André Ventura, acusando também esta força política de querer contribuir, juntamente com outros partidos, para a "invasão de imigrantes e bandalheira".

Poucas foram as vezes em que os dois líderes concordaram neste frente a frente, tendo acontecido na defesa de que a violação seja considerada crime público, sem possibilidade de pena suspensa, e na crítica ao abate de animais segundo normas religiosas.

Inês de Sousa Real e André Ventura manifestaram posições contrárias em temas como segurança, imigração ou o preço dos combustíveis.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.