A organização vai estar "atenta a infiltrações de movimentos de extrema-direita, extremistas ou violentos, mas também por parte da esquerda".
O líder do Chega quer concentrar aqueles que defendem que "não há racismo" em Portugal numa manifestação em Lisboa, que pretende também ser de apoio às forças de segurança, e adianta que estará atento à presença "de movimentos extremistas".
"A ideia é mostrar que há mais gente que entende que não há racismo estrutural em Portugal do que aqueles que há duas semanas se manifestaram a dizer que havia", disse André Ventura à agência Lusa, indicando que o protesto será também de apoio e apelo ao respeito pelas forças de segurança.
Ventura quer que esta "maioria silenciosa" dê a cara e mostre "que a rua também pode ser da direita", uma vez que esta ala do espectro político "não é muito de manifestações".
A manifestação está agendada para dia 27 de junho, e o ponto de concentração será o Marquês de Pombal, pelas 14:00. No percurso, os manifestantes deverão passar pela Avenida da Liberdade e pela baixa de Lisboa e o protesto pode terminar no Terreiro do Paço ou em frente ao Palácio de Belém.
"O percurso ainda não está totalmente definido, falta ver onde terminará. Quero articular com a PSP e com o Ministério da Administração Interna para que não haja problemas de segurança", disse à Lusa o deputado único.
Para tal, Ventura quer reunir-se com a PSP na próxima semana e abordar a presença de um dispositivo policial.
Apontando que está à espera de uma adesão de "milhares de pessoas" e que, para tal, está a ser "diligenciado o apoio das distritais" do partido, o deputado vincou que a organização vai estar "atenta a infiltrações de movimentos de extrema-direita, extremistas ou violentos, mas também por parte da esquerda".
"Não queremos ninguém que esteja na manifestação por ímpetos racistas, violentos ou extremistas e procuraremos evitar que isso aconteça [...], sabemos que a situação pode descontrolar-se", assinalou.
André Ventura indicou que o seu objetivo é que esta "não seja uma manifestação do Chega" mas sim algo mais abrangente sendo que, para tal, vai convidar os líderes do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e do PCP a juntarem-se ao protesto, bem como organizações representantes dos polícias.
Entre as faixas que vão abrir a manifestação, o líder do Chega assinalou que, para já, estão previstas três, onde poderá ler-se: "As minorias têm direitos mas também têm deveres"; "Portugueses não são racistas" e "Forças de segurança merecem o nosso respeito".
Do ponto de vista da saúde, o presidente do Chega disse que vai pedir à Direção-geral da Saúde uma "normativa atualizada" com indicação das cautelas a tomar, devido à pandemia de covid-19, e adiantou que estarão presentes "voluntários a distribuir gel desinfetante e máscaras" a quem não tiver.
"Eu sei que vai ser bastante arriscado politicamente", sinalizou André Ventura, indicando que existem "divisões dentro do partido" no que toca à realização da manifestação.
Chega organiza manifestação para mostrar que "não há racismo" e está atento a "extremismos"
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