NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
"Marega fez uma coisa diferente, que foi sair do campo, sair do jogo, e obrigar com isso o país a olhar para o problema de frente e a agir, e ainda bem que o fez", disse Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje que a atitude de Moussa Marega ao abandonar o campo em Guimarães obrigou Portugal a pensar o racismo, pelo que defendeu um agradecimento público ao futebolista do FC Porto.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a uma unidade de saúde familiar na Moita, distrito de Setúbal, ao comentar o incidente de domingo no jogo entre FC Porto e Vitória de Guimarães, a líder do BE, Catarina Martins, lembrou que "não é a primeira vez que há episódios de racismo preocupantes, violentos na sociedade portuguesa e no futebol" e, "infelizmente, vários jogadores já foram alvo também deste tipo de insultos".
"Marega fez uma coisa diferente, que foi sair do campo, sair do jogo, e obrigar com isso o país a olhar para o problema de frente e a agir, e ainda bem que o fez. E acho que devemos agradecer a Marega ter feito esse gesto, de dizer 'isto não pode ser assim, isto não pode continuar assim'", salientou.
Catarina Martins vincou igualmente que o racismo "é crime em Portugal, é crime de ódio, não pode continuar", assinalando que "a lei foi alterada" e "supostamente é hoje mais reforçada para agir".
"No passado tivemos multas simbólicas, por exemplo, por atuações completamente inaceitáveis, esse é o cenário que não se pode, de forma alguma, repetir", exemplificou.
Notando que o partido "já pediu esclarecimentos ao Governo sobre o que está a fazer", e que o Ministério Público "também já começou a atuar", a coordenadora do BE questionou ainda "o que tem feito" a Liga Portuguesa de Futebol Profissional para impedir "a violência e o racismo".
"Se há aqui seguramente responsabilidade das entidades públicas, este é também o momento em que temos de pensar qual é o papel da Liga e do que tem feito até hoje para travar a violência e o racismo no desporto", disse, referindo que o BE tem "muitas dúvidas sobre o que é que a própria Liga estará a fazer nos seus procedimentos internos, porque tudo indica que o jogo devia ter sido parado e não foi".
No domingo, em Guimarães, durante um jogo da 21.ª jornada da I Liga de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, o avançado maliano dos 'dragões' Moussa Marega abandonou o jogo, após ter sido alvo de cânticos e insultos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.
Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, tendo acabado por ser substituído, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro.
Ao abandonar o relvado, Marega apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.
Na sequência do sucedido, o Ministério Público já instaurou um inquérito relacionado com os cânticos e insultos racistas dirigidos ao futebolista, que está "em investigação" pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Guimarães, informou hoje a Procuradoria-Geral da República.
Vários responsáveis políticos, como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, já condenaram o episódio.
BE diz que atitude de Marega obrigou o país a pensar o racismo
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."