O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António nomeou o cunhado, contratou a filha da vereadora e deu cargos a dois opositores políticos, um deles do Chega.
Em 2023, o deputado municipal do Chega de Vila Real de Santo António recebeu uma oportunidade laboral… por parte do presidente da autarquia socialista. Após um ano de mandato, o mecânico Smith Ferreira foi auscultado pelo edil para assessoria jurídica. Poderia voltar ao Direito, em que era licenciado, mas sem carreira, sendo hoje em dia, nas suas próprias palavras no Facebook, “gerente, atendedor de balcão, mecânico e mais um par de botas” numa empresa de reparação de automóveis. Já tinha tentado ser jurista em Castro Marim, mas teve 10 em 20 no exame e apenas ficou numa reserva de recrutamento interno do município. Desta vez, o emprego estava ao seu alcance: num procedimento de consulta prévia, foi um dos três abordados para prestar assessoria jurídica à autarquia, onde devia ser deputado municipal de oposição. Suspendeu o mandato de deputado municipal no dia 6 de janeiro durante 12 meses (o mesmo tempo de duração do contrato de assessoria, quase como se já soubesse que ia ser escolhido) e, 17 dias depois, enviou a sua proposta: 21 mil euros. Esqueceu-se de anexar documentos ao email, lê-se nos procedimentos, a que a SÁBADO teve acesso, mas a autarquia perdoou – afinal, dos consultados pelo município, só o militante do Chega enviou proposta. Também foi auscultada uma nora de um elemento do júri e uma advogada indisponível. Smith Ferreira foi escolhido.
Autarca do PS nomeia cunhado e contrata filha de vereadora
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Esta semana, a Rússia apresentou o seu primeiro robô humanoide. Hesitamos entre pensar se aquilo que vimos é puro humor ou tragédia absoluta. É do domínio do absurdo, parece-me, querer construir uma máquina antropomórfica para esta fazer algo que biliões de humanos fazem um bilião de vezes melhor.
A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".
Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.