Se em Portugal se registar uma afluência às unidades de cuidados intensivos maior do que a que os serviços consigam suportar, que pacientes têm prioridade face aos outros? "É urgente antecipar a possibilidade de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não conseguir dar resposta atempada a todos os doentes infetados pelo COVID-19 que necessitem de ser internados nas unidades de Cuidados Intensivos", defende Rui Nunes, presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB).
Num comunicado de imprensa, são dadas algumas sugestões. Entre elas, o de a idade não ser o único elemento a determinar a prioridade ou não de um doente e a da consulta da Diretiva Antecipada de Vontade (Testamento Vital ou Procurador de Cuidados de Saúde). A APB defende ainda que as ordens profissionais (como a dos Médicos ou Enfermeiros) devem ser chamadas a aprovar os critérios de admissão aos cuidados intensivos, que serão implementados por todo o país.
"Face a situações de escassez de recursos e à impossibilidade de admissão de todos os doentes que necessitem de cuidados intensivos, deve valorizar-se a maximização da sobrevivência até à alta hospitalar, a maximização do número de anos de vida salvados, ou a maximização das possibilidades de viver cada uma das etapas da vida", lê-se no comunicado.
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