Sábado – Pense por si

Apelo às tropas: ou nós ou o caos

Maria Henrique Espada , Vítor Matos 17 de fevereiro de 2015 às 08:03

É ano de eleições e o PSD fez-se à estrada. Há panfletos, tempos de antena, há ministros em acção para passar a doutrina e os sucessos do Governo ao exército no terreno. A mensagem é esta: com o PS volta a catástrofe.

Maria Luís Albuquerque tinha acabado de fazer um discurso sem números, inédito para uma ministra das Finanças, aos cerca de 400 militantes do PSD do distrito do Porto, que a ouviam na sala do hotel. Lançou soundbytes surpreendentes sobre trânsito engarrafado. Disse que gostava de se tornar "irrelevante". Mas ao contrário das outras sessões do partido, naquela noite não houve perguntas nem respostas. Mal foi encerrada a sessão, os fãs laranjinhas rodearam-na, tiraram fotografias, fizeram perguntas, ofereceram-lhe livros. Ela sorria. Mantinha uma aparente disponibilidade, diferente da frieza com que fala no parlamento, e esclarecia curiosos, como Henrique Gomes. Este militante, que costuma contar uma história meio conspirativa sobre como foi impedido de se candidatar à liderança do PSD, em 1996, depois de ter sido atropelado por um carro da GNR, perguntou-lhe quanto perdia Portugal se fosse perdoada a dívida à Grécia. "A ministra respondeu que eram 1,1 mil milhões de euros", contou Henrique Gomes à SÁBADO. E assim, se alguém lhe perguntar ele agora já sabe responder. E o PSD parece estar apostado em preparar os militantes para saberem responder a tudo.

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