O primeiro-ministro visitou a capital francesa e falou sobre a passagem de artistas portugueses por Paris e destacou a união de fronteiras entre os dois países
António Costa esteve esta segunda-feira, 18 de Abril, em Paris, na inauguração de duas novas salas na Casa de Portugal - André de Gouveia. No discurso que fez perante uma sala cheia, com uma centena de convidados, entre os quais o ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro português destacou a passagem de artistas portugueses por Paris, como Amadeo de Souza Cardoso, Fernando Pessoa, Maria Helena Vieira da Silva e Joana Vasconcelos.
O primeiro-ministro lembrou a importância do cinquentenário da delegação portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian - cujo momento alto é a inauguração, esta segunda-feira, da exposição dedicada a Amadeo de Souza Cardoso - sublinhando que se trata de um "momento muito importante do ponto de vista simbólico, porque a fundação foi, durante 50 anos, uma ponte de ligação entre a França e Portugal". Costa acrescentou ainda que "Calouste Gulbenkian não foi apenas o patrão da fundação, foi alguém que encontrou na Europa - em França e em Portugal -, a protecção e o refúgio de um arménio, em tempos difíceis para os arménios."
Costa reconheceu que "cada vez que abrimos as portas e as fronteiras ao conhecimento, à mistura e à descoberta da criação artística dos outros, tornamo-nos mais próximos." "Amadeo de Souza Cardoso, Fernando Pessoa, André de Gouveia mostram bem as hu. Entre André de Gouveia e Amadeo de Souza Cardoso houve quatro séculos. Portugal viajou muito nesse intervalo de tempo, mas manteve as raízes na Europa. São raízes humanistas de um Portugal que abriu fronteiras", afirmou o primeiro-ministro português.
António Costa aproveitou para falar também da relação entre Portugal e França, que considera como "grandes parceiros do ponto de vista económico e cultural". "Cada ano há mais franceses que descobrem Portugal. É com um profundo orgulho que vejo que, em França, os portugueses são mais conhecidos, não apenas pela geração das mulheres e homens que chegaram nos anos 60, mas também pelo que os nossos artistas contribuíram para a cultura europeia", disse.
O primeiro-ministro visitou também o Grand Palais, na capital francesa, para inaugurar a exposição dedicada a Amadeo Souza Cardoso.
António Costa fala de "raízes humanistas" em Paris
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