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Análise: Rio, o sprinter que insiste em fazer meio-fundo

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 09 de fevereiro de 2020 às 15:39

Já estão habituados? Então haverá mais: o líder do PSD fez da coerência e da previsibilidade a sua maior qualidade política e isso não incendeia salas de congresso. Mas terá descanso por algum tempo. Montenegro ficou sem calendário

Vários elementos da direção de Rui Rio foram dizendo ou insinuando ao longo do congresso do PSD que o líder social-democrata será primeiro-ministro em 2023, "ou antes". Muita gente foi ao palco garantir, esperançados, que esse "antes" até é provável. Um ano, dois anos, sabe-se lá. O tom foi de sede de poder, num partido que prevê ficar arredado dele mais dois anos. Mas esta impaciência é do partido, não é de Rio. Ganhou nas diretas o direito a ser ele o protagonista da próxima tentativa de chegar o poder, e sempre com um discurso precisamente contra a impaciência, o ataque impulsivo, como se a urna de voto estivesse próxima. Não está e para Rio está tudo bem – o partido que tenha calma.

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