A construção da dessalinizadora de Sines, no distrito de Setúbal, que será a segunda em Portugal Continental, deve arrancar em 2027 e representar um investimento na ordem dos 120 milhões de euros.
O Grupo Águas de Portugal lançou o concurso para a elaboração do Estudo Prévio e do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da futura central de dessalinização de água do mar, pensada para reforçar o sistema de abastecimento de água à Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).
O projeto no âmbito da estratégia nacional de gestão da água, denominada "Água que Une", visa "assegurar uma resposta estruturante e sustentável às necessidades crescentes de água do polo industrial de Sines, reduzindo a pressão sobre as origens convencionais atualmente utilizadas, nomeadamente o rio Sado e o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, e reforçando a resiliência do sistema face à escassez hídrica", explica o Ministério do Ambiente e da Energia, em comunicado, enviado esta terça-feira às redações.
A solução em estudo prevê uma central de dessalinização em São Torpes, sistemas de adução e armazenamento e uma produção faseada, com 16 hm³/ano numa primeira fase e até 32 hm³/ano numa fase posterior, em função da procura efetiva, adianta a tutela, indicando que "as infraestruturas serão desde logo dimensionadas para a capacidade total, garantindo a eficiência e racionalidade do investimento".
"Este projeto se insere numa estratégia nacional que garante água para atração de investimento, para proteção dos recursos hídricos e para preparar o país para as alterações climáticas, com soluções tecnicamente robustas, ambientalmente responsáveis e devidamente avaliadas", realça a ministra da tutela, citada na mesma nota.
A construção da dessalinizadora de Sines vai começar em 2027 e deverá estar concluída até 2031, num investimento de 120 milhões de euros, segundo adiantou Maria da Graça Carvalho, em novembro, à agência Lusa.
A dessalinizadora de Sines será a segunda em Portugal Continental, a seguir à do Algarve, envolta num imbróglio na justiça, que se espera que conheça a luz do dia antes do final de 2026.
A infraestrutura, que está a ser construída em Albufeira, adjudicada por 107,92 milhões de euros, é considerada estratégica para reforçar a resiliência hídrica da região algarvia.
À luz do plano, vai oferecer, numa fase inicial, uma capacidade de conversão de água do mar em água potável de 16 milhões de metros cúbicos, mas estava a ser projetada para ter capacidade para tratar até três vezes mais do que esse volume, ou seja, chegar até aos 24 milhões de metros cúbicos.
Águas de Portugal dá primeiro passo para a dessalinizadora de Sines prevista para 2031
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