Sábado – Pense por si

A primeira inspectora da Judiciária

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 27 de dezembro de 2014 às 08:00

Nunca pensou ser polícia. Mas quando a carreira foi aberta às mulheres, concorreu. Liderou secções e foi também a primeira subdirectora

Foi uma sucessão de acasos. No início de 1974, Maria Leontina Trigo Fernandes tinha tudo preparado para se tornar jurista da Direcção-Geral de Veterinária. Concorreu ao lugar no fim do curso de Direito e disseram-lhe que as perspectivas de ser escolhida eram boas. "Mas depois veio o 25 de Abril e mudou tudo", recorda à SÁBADO, sentada no sofá da sala de sua casa, em Lisboa. A segurança que tinha no futuro, para si e para os filhos gémeos, nascidos enquanto tirava o curso e o marido cumpria o serviço militar obrigatório na Guiné-Bissau, desapareceu. "Até que um dia, tinha ido almoçar à cantina da universidade quando um rapaz me disse: ‘Vai ao Diário da República porque acabou de sair a possibilidade de as mulheres concorrerem à magistratura e à Judiciária.’"

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?