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A grande guerra da EDP com o Estado

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 09 de abril de 2025 às 23:00

Nos últimos oito anos, o gigante acumulou mais de 1,6 mil milhões de euros em disputas judiciais com o erário público. O montante pode subir. Muito está por decidir.

Foi a seguir à polémica venda de seis barragens da EDP à Engie – há quatro anos sob investigação do Ministério Público por suspeita de fraude fiscal e outros alegados crimes – que os municípios transmontanos olharam com mais atenção para uma fonte de receita por ativar: o IMI das barragens. Em Miranda do Douro, com pouco mais de seis mil habitantes, o IMI das duas barragens que até final de 2019 pertenceram à EDP “é mais do que todo o IMI pago em todo o concelho”, explica o vereador financeiro Vítor Bernardo. Para a EDP, que no ano passado teve lucros de 801 milhões de euros, os pouco mais de 720 mil euros de IMI de 2019 pelas barragens de Miranda e Picote são uma lágrima. Ainda assim, e mesmo com a cobrança desse IMI já caducada, o gigante da energia impugnou a cobrança em tribunal – a batalha é parte de uma guerra maior.

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