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A ferro e fogo, por Marx e Mao: o pós-revolução na faculdade mais radical do País

Filipa Vaz Teixeira 13 de agosto de 2024 às 23:00

Saneamentos e prisões políticas; as chaves da faculdade na posse dos estudantes, alguns a viver lá dentro; tareia com correntes e bastões de ferro: os dias revolucionários e perigosos da “zona libertada” de uma escola de... Direito.

Depois do 25 de Abril, havia “três regiões libertadas no mundo”. Eram elas a República Popular da China, a República da Albânia e a Faculdade de Direito de Lisboa (FDL). Este era o slogan apregoado na Faculdade então “governada” pela Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas (FEML), afeta ao Movimento Reorganizativo do Partido do Proletário (MRPP). As paredes da instituição, segundo António Pedro Barbas Homem e Gonçalo Sampaio e Melo (autor e colaborador, respetivamente, do livro comemorativo do centenário da FDL) estavam cobertas de dísticos e cartazes contendo palavras de ordem, imagens e metáforas de Marx, Engels, Lenine, Estaline, Che Guevara, Fidel Castro, entre outros revolucionários e pensadores comunistas.

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