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IL considera que decisão de Montenegro sobre empresa "não apaga mancha"

Rui Rocha afirmou que Luís Montenegro "não compreendeu ainda a gravidade" da situação em que se envolveu "porque não é aceitável que um primeiro-ministro receba avenças enquanto está a desempenhar funções" de chefe do Governo.

António Pedro Santos/LUSA

O presidente da IL considerou este sábado que a decisão do primeiro-ministro de passar a empresa familiar aos filhos "não apaga a mancha", nem acaba com as dúvidas, mas disse que dificilmente concordará com os fundamentos de uma moção de censura do PCP.

Em declarações transmitidas pela RTP, Rui Rocha afirmou que Luís Montenegro "não compreendeu ainda a gravidade" da situação em que se envolveu "porque não é aceitável que um primeiro-ministro receba avenças enquanto está a desempenhar funções" de chefe do Governo.

Rui Rocha considerou que a decisão de passar a empresa para os filhos devia ter sido tomada antes e que "não apaga de todo toda a mancha que esta situação trouxe".

"Eu creio que sai daqui um primeiro-ministro fragilizado, que tentou condicionar a Assembleia da República, portanto, passar a responsabilidade para a Assembleia da República, mas foi Luís Montenegro que, ao longo deste processo, se tornou o maior foco de instabilidade no país", sustentou.

Rui Rocha disse também não ter sido "totalmente clara" a posição de Luís Montenegro sobre a apresentação de uma eventual moção de confiança ao Governo e que interpretou que "o Governo apresentaria uma moção de confiança se não houvesse uma discussão na Assembleia da República de uma moção de censura" - entretanto já apresentada pelo PCP.

Em relação à moção de censura anunciada pelo PCP, Rui Rocha disse que o partido vai avaliar os seus fundamentos, mas que "será muito difícil que a IL tenha algum tipo de adesão a argumentos" do partido.

"Poderá concordar com um ou outro diagnóstico, eventualmente poucos, mas as soluções que o PCP poderá apresentar não me parece que, à partida, justifiquem nenhum tipo de adesão por parte da Iniciativa Liberal", afirmou.

O primeiro-ministro anunciou hoje que a empresa familiar Spinumviva passará a ser "totalmente detida e gerida pelos filhos", deixando a mulher de ser sócia gerente, e irá mudar de sede.

O PCP vai apresentar uma moção de censura ao Governo, anunciou hoje o secretário-geral comunista, após a comunicação ao país do primeiro-ministro.

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