Sábado – Pense por si

Um revolucionário de... consensos

Tiago Carrasco 15 de setembro de 2021 às 08:00

Tinha o hábito de atribuir alcunhas. Ao líder do PCP chamou Doutor ABC, sigla de Álvaro Barreirinhas Cunhal. Rebelde na universidade, cometeu um erro de que se arrependeu até ao fim da vida: ficou em casa no 25 de Abril.

A 11 de maio de 1962, a Faculdade de Direito de Lisboa estava sitiada. Largas centenas de estudantes apoiavam os 81 grevistas de fome que protestavam contra o regime, entoando baladas de Zeca Afonso. Era o auge da crise académica e Jorge Sampaio, líder da RIA (Reunião Inter-Associações), era um dos impulsionadores da rebelião.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.