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Sindicato diz que motoristas estão a trabalhar "oito horas e não as 14 ou 15 horas" habituais

12 de agosto de 2019 às 18:33

Pardal Henriques garante que os serviços mínimos estão a ser cumpridos e considera possível requisição civil é "um ataque" à greve.

O assessor jurídico do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, afirmou que, se o Governo avançar com uma requisição civil, está a cometer um ataque à greve e garantiu que os serviços mínimos têm sido cumpridos.

"Vejo isto [requisição civil] como um ataque à greve, até porque estas pessoas cumpriram os serviços mínimos. O Governo não esteve aqui [...], estas pessoas saíram para trabalhar, simplesmente fizeram oito horas e não as 14 ou 15 horas que habitualmente fazem", assegurou Pedro Pardal Henriques, que falava aos jornalistas em Aveiras de Cima, distrito de Lisboa.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, esta segunda-feira, que o cumprimento dos serviços mínimos na greve dos motoristas mudou "da manhã para tarde" e anunciou a convocação de um Conselho de Ministros eletrónico para avaliar a necessidade da requisição civil. 

António Costa falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, depois de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a greve dos motoristas, encontro que durou cerca de uma hora. O primeiro-ministro adiantou que já estão a ser realizados transportes conduzidos pela GNR ou pela PSP. 

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

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