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Sargentos da GNR consideram "fantasia do Governo" descongelamento de carreiras

08 de abril de 2019 às 20:56

Guardas dizem que contabilização do tempo de serviço proposto "fica muito abaixo" das restantes carreiras especiais do Estado.

A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda considerou, esta segunda-feira, "uma fantasia doGoverno" o descongelamento das carreiras dos militares daGNR, avançando que a contabilização do tempo de serviço proposto "fica muito abaixo" das restantes carreiras especiais doEstado.

Em comunicado, a Associação Nacional dos Sargentes da Guarda (ANSG) refere que o modelo de descongelamento dos escalões remuneratórios apresentado pelo Governo não tem em conta "as situações específicas dos militares", nem a situação dos elementos da GNR que se encontram na reserva.

A ANSG reagia ao diploma aprovado na semana passada em Conselho de Ministro em que os militares das Forças Armadas e GNR, magistrados e oficiais de justiça vão recuperar 70% do período em que estiveram congeladas, mas de forma faseada em três momentos, que começam em junho de 2019 e terminam em 2021.

A associação que representa os sargentos da Guarda Nacional Republicana sublinha também que a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna apresentou os dados da recuperação do tempo das carreiras dos militares da GNR "como sendo uma benesse", mas "o tempo a recuperar fica muito abaixo do que se propõe atribuir às outras carreiras especiais do Estado".

Segundo Isabel Oneto, cerca de oito mil militares da GNR podem ver a sua progressão na carreira antecipada para este ano.

"A GNR teria este ano 3.600 militares a progredirem e no próximo ano cerca de 14 mil. Com este modelo é possível antecipar, com pelo menos oito mil militares a verem já a progressão nas suas carreiras", afirmou a secretária de Estado, na semana passada.

A ANSG refere ainda que o Governo "nega toda e qualquer proposta apresentada", considerando que o processo de negociação "não passou de uma mera ficção".

"O Governo apenas cumpriu um ato administrativo ao chamar as associações a pronunciar-se quando todas as propostas apresentadas são colocadas na gaveta", frisa a ANSG, defendendo, nesse sentido, uma revisão da lei do associativismo da GNR e das restrições aos direitos fundamentais dos militares da GNR.

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